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3 museus no Brasil que expõem a alma nordestina

Sergipe, Pernambuco e Alagoas guardam museus que contam a história do Nordeste e do seu povo

Por Fernando Leite
Atualizado em 20 set 2021, 18h34 - Publicado em 19 out 2016, 11h43

1) Museu da Gente SergipanaAracaju (SE)

Inaugurado em 2011, vem a ser o percursor dos museus interativos no Nordeste, surfando na onda dos paulistanos Museu da Língua Portuguesa e Museu do Futebol. O menor estado do Brasil ganhou uma homenagem completamente oposta, um museu de proporções maiúsculas.

Aliás, uma das coisas mais impressionantes é de que, mesmo sendo um estado pequeno, a diferença nos sotaques é bastante presente – você nota isso em um mapa desenhado no átrio, exibindo o estado separado pelas regiões com fones de ouvido mostrando o jeito falado em cada canto de Sergipe.

A partir de uma simples pergunta, um feirante virtual diverte os visitantes que podem barganhar o preço de uma mercadoria, uma atitude típica das feiras nordestinas. Para entrar em contato com a fauna e flora sergipana, basta entrar no túnel interativo. Colocando o esqueleto para trabalhar em uma brincadeira de amarelinha, o visitante é apresentado às festas típicas do estado.

Endereço: Avenida Ivo Prado, 398 (Centro). Telefone: (79) 3218-1551

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Horários: de terça a sexta-feira, das 10h às 16h. Sábados e domingos, das 10h às 15h

Preço: grátis

2) Cais do SertãoRecife (PE)

O baião de Luiz Gonzaga embala a visita ao Cais do Sertão (foto: divulgação)O baião de Luiz Gonzaga embala a visita ao Cais do Sertão (foto: divulgação)

Um juazeiro junto a recepção serve como senha: você está ao lado do mar, no Recife Antigo, mas fará uma imersão ao sertão. Bastam alguns passos e os sons sertanejos penetrarão com força em seu cérebro. O mais viçoso é o irresistível baião de Luiz Gonzaga, o maior homenageado do interativo museu, que segue a mesma diretriz do Museu da Gente Sergipana, de Aracaju, mas com pegada completamente diferente.

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Gonzagão tem a vida contada em painéis e objetos, enquanto sua vasta discografia serve de trilha sonora.

Um curso d’água serpenteia todo o andar térreo representando as águas do Rio São Francisco a levar vida ao interior nordestino. Importante frisar que é apenas uma homenagem, as águas não são do Velho Chico.

Entre as várias instalações, o violento vídeo A Feira, do cultuado diretor Kléber Mendonça Filho, de O Som ao Redor e o recente Aquarius, retrata uma negociação de armas em uma feira nordestina. Se estiver com crianças, deixe-as de fora da instalação, ok!

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No andar superior é difícil resistir às cabines onde o visitante pode aventurar-se a cantar os grandes clássicos musicais do sertão em um divertido karaokê – como as cabines são fechadas, o vexame é menor.

Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, s/n (Recife Antigo). Telefone: (81) 3089-2974

Horário: de terça a sexta-feira, das 9h às 17h. Sábado e domingo, das 13h às 17h

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Preço: R$ 10 (grátis às quintas-feiras)

3) Museu do SertãoPiranhas (AL)

No meio do sertão tinha um museu (foto: Walter Antônio do Livramento/Wikimedia Commons)No meio do sertão tinha um museu (foto: Walter Antônio do Livramento/Wikimedia Commons)

Diferente dos dois museus tecnológicos, aqui é sertão em estado bruto. A começar pela localização, na antiga estação ferroviária de uma linda cidadezinha histórica às margens do Rio São Francisco.

A visita é rápida (não toma mais do que 20 minutos), a distribuição do acervo nas duas salas é meio confusa, mas o valor histórico é inegável. A grande força do museu está na história do cangaço, afinal o bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, foi dizimado a 12 km dali – aliás quando estiver na região, faça também o passeio Rota do Cangaço, pelo Rio São Francisco até a Grota dos Anjicos – local onde o bando foi emboscado.

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Objetos dos cangaceiros e dos volantes (polícia), além de recortes de notícias, são os mais representativos do museu.

Endereço: Rua José Martiniano Vasco, s/n (Centro)

Horários: de terça-feira a domingo, das 8h às 17h

Preço: R$ 2

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