Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Você já foi a um TEDx? Então vá

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h12 - Publicado em 19 nov 2015, 16h40

Nos tempos turbulentos e hostis que vivemos atualmente, é fundamental que iniciativas do bem sejam debatidas, para que inspirem e motivem. Espalhar ideias que merecem ser divulgadas é o objetivo do TED.

 

Colinha para quem ainda não conhece:

O TED surgiu em 1984 como uma conferência anual na Califórnia e já teve entre seus palestrantes Bill Clinton, Paul Simon, Bill Gates, Bono Vox, Al Gore, Michelle Obama e Philippe Starck. Cerca de 500 das palestras estão disponíveis no site do evento e já foram acessadas por mais de 50 milhões de pessoas de 150 países. A cada ano a organização elege um pensador de destaque e repassa a ele 100 mil dólares para ele que possa realizar “Um Desejo que Vai Mudar o Mundo”.

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Precisamos disso desesperadamente.

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Na última segunda feira, estive no TEDxSãoPaulo. O TEDx é um braço do TED organizado de maneira local e independente, sob os mesmos critérios e seguindo a mesma filosofia do TED “pai”. Há centenas de TEDx rolando simultaneamente no mundo todo, sobre os mais variados temas. Clique aqui para ver a programação. O próximo, em São Paulo, acontece no dia 26 de novembro, no MASP, com o tema “Ideias Empreendedoras”. As entradas custam entre R$ 75 (meia entrada) e R$ 350. Um dinheiro bem gasto.

 

Você pode assistir a todas as conferências TEDx pela internet. A essência, afinal de contas, é espalhar ideias que valem a pena. Mas a energia que rola nesses eventos é algo que nem a fibra ótica é capaz de transmitir. Acabo de chegar ao Brasil após dois anos de ausência. Passar o dia na espetacular Sala São Paulo ao lado de duas mil pessoas dispostas a ouvir o que pessoas inspiradoras e bem sucedidas tinham a dizer foi extremamente enriquecedor. Para mim, funcionou como uma vacina contra a maré de negativismo que vivemos neste momento no Brasil (e no mundo).

 

Veio a calhar, após um dos finais de semanas mais negros dos últimos tempos, que um dos palestrantes fosse Talal Al-Tanawi, engenheiro mecânico sírio que chegou ao Brasil como refugiado, em 2013, e montou uma cozinha e uma loja de comida árabe no bairro do Brás. Num português ainda bem precário (é um ato de bravura falar em público em um idioma que não se domina 100%), ele falou sobre a verdadeira proposta pacífica do islã e sobre como foi acolhido em nosso país. Também foi extremamente oportuno que, num momento em que o feminismo e os direitos da mulher estão pulsando nas ruas, a programação tivesse gente como Gabi Manssur, promotora de justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo e coordenadora do Núcleo de Combate à Violência Contra a Mulher. Poderosa, carismática e F***, ela foi ovacionada pelo público.

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O tema era “Conexões”. Mas as palabras mais ouvidas foram compaixão, amor, respeito pela diferença. Todos os paletrantes investiram em narrativas positivas e construtivas. Além de tudo, ao invés de um minutos de silêncio em nome das vítimas de Paris, a tarde começou com um minuto de abraços. Como diria o impagável Wellington Nogueira (criador do Doutores da Alegria), um dos mestres de cerimônia: “Se toda segunda-feira fosse assim a gente mudava o mundo em dois meses!”. Inspira. Expira.

 

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