Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Sudeste Asiático: quando ir? Eis a questão

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h12 - Publicado em 18 abr 2008, 10h04

Nunca, jamais, em hipótese alguma, embarque para qualquer lugar do Sudeste Asiático sem antes informar-se sobre o clima na época em questão. Caso contrário, as suas chances de micar sob uma chuva torrencial ou derreter em um calor tipo “Foz do Iguaçu no verão” (não desejo pra ninguém) serão altíssimas. Para piorar, coordenar a passagem por vários países em uma mesma época é um exercício de logística dos mais complexos.

O X da questão é que, em um mesmo país, pode haver uma diferença de clima enorme entre um lugar e outro. “Até aí o Brasil também é assim”, você deve estar pensando. Sim, mas o Brasil é um pais enoooorme. Na Malásia, por exemplo, você não leva mais de 3 horas para cruzar de uma costa a outra. E em fevereiro, uma das costas praticamente fecha para a temporada das monções – quando chove praticamente sem intervalo e o mar fica agitado e turvo – enquanto do outro lado as ilhas estão cheias de turistas bronzeados.

Para dar uma luz a quem esteja planejando uma investida, aqui vai um resuminho do clima de cada um dos lugares mais visitados:

Bali: Bali é quente durante todo o ano e tem apenas duas “estações”, a seca (de abril a outubro) e a úmida (de novembro a março). Não é totalmente inviável viajar nos meses úmidos. Mas deve-se ter em mente que chove praticamente todos os dias durante algumas horas. E o calor, somado à umidade (tipo Foz do Iguaçu…), pode ser meio insuportável para os mais sensíveis. Já a surfistada não pode nem pensar em ir na época úmida. As ondas só rolam de abril a outubro, quando o vento muda de X para Y. Para mergulhar, a melhor visibilidade acontece em julho e agosto. Ou seja, passa de excelente (em media 20 metros) para mega super inacreditável (até 40 metros). Julho e agosto também são os meses preferidos para avistar os molas (um mega peixão exótico) e arraias gigantes.

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Tailândia: Chove canivete na Tailândia de junho a outubro. Quem vai para as praias pode até arriscar (ainda que não seja o ideal), mas Bangkok se transforma em uma verdadeira Veneza no mês de setembro. O resto do ano é dividido entre os meses mais frescos – novembro a fevereiro – e mais quentes – março a maio. A primeira opção é, sem dúvida, a melhor. Na costa, o calor bomba durante o dia. Mas à noite sopra uma brisa fresquinha que permite dormir apenas com um ventilador. Neste época, Bangkok também fica um pouco menos insuportável. Para quem vai para a região de Chiang Mai, porém, a melhor pedida é ir logo apos a temporada de chuvas, quando os arrozais ainda estão alagados e verdes. No auge da temporada seca e quente eles mais parecem campos de futebol de várzea.  

Malásia: A Malásia é um dos países mais complicadinhos. No interior peninsular chove pesado entre setembro e março. Já a costa leste, enfrenta as monções entre novembro e fevereiro. Nas ilhas Perhentian, por exemplo, não há vida durante este período. Os hotéis e restaurantes fecham e o povo simplesmente debanda. Isso porque as ondas ficam tão fortes que os barcos pequenos não consegue chegar lá. Já a costa oeste é totalmente oposta, com as monções dando as caras entre maio e outubro. No Borneo, as monções acompanham o ritmo das costas leste e oeste, mas as chuvas são menos pronunciadas e não chegam a inviabilizar a viagem.
Vietnã: O sul do país tem um clima tropical, mas no norte até faz um friozinho no inverno. Em Hanói, por exemplo, dá até para usar um casaquinho em janeiro. As monções atingem o sudoeste do país entre abril e outubro, e deixam todo o pais quente e úmido.

Laos: Tem duas estações. Maio a outubro é a úmida e novembro a abril é a seca. O pico do calor acontece entre março e maio.

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