Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Península de Mornington: um bate-volta espetacular ao lado de Melbourne

Um roteiro por vinícolas, praias selvagens e cidadezinhas charmosas

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2019, 19h02 - Publicado em 26 fev 2019, 14h24

Atire a primeira pedra quem não gosta de ticar lugares famosos da lista. Quando fui a Melbourne pela primeira vez, eu também fiz questão de conferir (e instagramar) os Doze Apóstolos. Sem dúvida, essas pedras emergindo do oceano formam uma das paisagens mais lindas da Austrália e justificam o bate-volta, mesmo a 230km de distância. Mas sabe aquela praia que você vê lá embaixo? É um perrengue pra descer, venta furiosamente na maior parte do tempo e, entre tubarões e ondas, nadar é quase sinônimo e suicídio. Ou seja, é um típico “destino pavê”. Para aproveitar de verdade, que tal olhar na direção oposta?

Doze Apóstolos, o bate-volta queridinho para quem está em Melbourne. É lindo, mas venta, não dá pra nadar e é longe. (Imagem por JVAstudio na Pixabay/Pixabay)
Gunnamatta Ocean Beach: para surfe e kite (mas dá pra nadar também!) (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

A sudeste de Melbourne, a Península de Mornington é a válvula de escape da metrópole. Abraçando a baía de Port Phillip, esse pedação de terra que avança para o Pacífico é um grande playground forrado de vinícolas, cercado de praias lindas e pontilhado de vilarejos charmosos. E fica a apenas uma hora do centro da cidade.

Doeu ter ficado só dois dias por lá. Ainda que seja bem viável para um bate-volta, a região rende material para pelo menos quatro dias de relax, saltando de pinot gris a pinot noir, comendo bem e curtindo o visual.

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Praia de Port Leo, uma das beldades com mar calminho na Península de Mornington
Praia de Port Leo, uma das beldades com mar calminho na Península de Mornington (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Me hospedei em Red Hill na casa de amigos. Mas há uma boa quantidade de guesthouses (pousadas) e hotéis fofos por lá (veja que graça este achadinho aqui, em estilo vitoriano). Como o nome sugere (“colina vermelha”, em inglês), o vilarejo fica em um ponto elevado do miolo da península e, cercado de vinícolas, ainda tem vista para o mar ao longe. Basta deslizar por uma estradinha para dar com a praia de Point Leo, uma das “internas”, protegida do mar aberto pela Western Port Bay. Também ficam ali pero os jardins (incluindo um labirinto!) de Ashcombe e a vinícola Red Hill State, entre muitas outras.

O visual do interior da península (Visit Victoria/Reprodução)
Árvores que você vai querer abraçar nos arredores de Red Hill (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Vinhedos a perder de vista protegido dos pássaros (são milhares!) ávidos por uvas (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Seguindo em direção ao sul, você pode subir ao ponto mais alto da península de teleférico no Arthurs Seat Eagle, fazer trekking com altos visuais no Point Nepean National Park e depois surfar uma onda na Gunnamatta Ocean Beach, uma das beldades “externas”, voltadas para o mar aberto. Entre uma coisa e outra, almoce no restaurante da vinícola Rare Hare para ter a certeza de que os Doze Apóstolos podem esperar.

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