Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Febo, a comida engavetada de Amsterdã: eu sucumbi

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h50 - Publicado em 20 set 2011, 16h56

O croquete do Febo: crocante, sequinho, calórico, sedutor…

Prostitutas e croquetes têm uma vida bem parecida em Amsterdã. Ambos vivem atrás de vitrines e fazem um sucesso danado de madrugada.  E, veja só… nos dois caos, basta apresentar alguns euros para que uma portinha se abra e.. crau. Infame, mas real.

A essência das madrugadas de Amsterdã estampada num reflexo

Ambas as situações me parecem bastante bizarras. Mas me atenho aos croquetes. Com eles, sim, cheguei aos finalmentes.

Os quitutes engavetados: a mais fast de todas as foods

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Para quem nunca esteva lá, uma breve explicação. Imagine um Mc Donalds sem seres humanos no atendimento. Ao invés de deslizarem alegremente por aqueles tobogãs metálicos até as mãos dos funcionários, os hambúrgueres, batatas e afins repousam solitários e melancólicos em compartimentos que lembram um armário de vestiário transparente – só que em pequena escala. Para servir-se, basta colocar algumas moedas na portinha que lhe apeteça e pronto: eis a mais fast de todas as foods. A rede mais famosa de comidinhas envitrinadas é a Febo, que desde 1941 contribui para arruinar a silhueta de locais e turistas.

Sempre achei aquilo extremamente repulsivo. Até que numa madrugada fria, um daqueles croquetes me seduziu, provando rotundamente que cair em tentação em Amsterdã pode acontecer com qualquer um. E pasmem: croquetes do Febo são a glória! A chave de ouro para qualquer madrugada mundana! A síntese de Amsterdã em um punhado de carne, farinha e óleo.

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