Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Dicas para quem viaja no trem bala de Barcelona a Paris

Para que sua viagem seja o mais suave possível, faço algumas recomendações

Por Adriana Setti
Atualizado em 26 set 2019, 15h55 - Publicado em 10 jul 2014, 20h28

Saí da minha casa em Barcelona pontualmente às 8h50 da manhã. Vinte minutos depois, estava confortavelmente instalada no TGV (trem de alta velocidade) estacionado na Estación de Sants, a um pulo de metrô do centro da cidade. Sem check-in, sem controle rígido de segurança (é preciso apenas passar a mala por um raio-x rapidinho) e sem stress quanto ao peso da mala, cheguei a Paris (Gare de Lyon) em seis horas e 36 minutos. No caminho, o trem de dois andares deslizou entre campos de girassóis, vinhedos e vilarejos medievais. Essa maravilha ligando a vedete espanhola à capital Francesa sem baldeações é novidade. Até o ano passado, para cruzar a fronteira de trem era preciso fazer uma chatíssima conexão. Para que sua viagem seja o mais suave possível, faço algumas recomendações:

Para que você não tenha problemas ao comprar a passagem pela internet, tanto no site da empresa espanhola de trem, como no site francês, libere o seu cartão de crédito para transações internacionais. Caso você não dê esse aviso ao banco, é provável que não consiga completar o processo de compra.

Você não pode escolher o lugar exato onde sentar. Mas pode optar entre janela ou corredor, primeiro ou segundo andar. Na hora de comprar, preste bastante atenção nisso. Se você passar batido por esse detalhe, o seu assento será escolhido pelo sistema aleatoriamente.

O carrinho que vende bebidas e sanduíches não transita pelo andar de baixo, que por sua vez tem compartimentos menores e mais tranquilos. Isso porque toda a circulação pelo trem é feita pelo andar de cima (ou seja, no andar de baixo não tem aquele vai e vem de gente, nem aquele abre e fecha de porta).

Por outro lado, se você preferir o andar de baixo, mais vale levar o seu próprio lanchinho. E não fique com vergonha de fazer farofa. Os europeus levam sanduíches e até tupperwares com comida sem nenhuma timidez. Isso porque a cafeteria é pequena, cara e vive lotada (dessa vez, tive que esperar meia hora na fila!). Nada a ver com aqueles restaurantes dos trens noturnos, o bar do TGV não tem nem mesa! Ou seja, você come em pé apoiado num pequeno balcão.

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Não há muito espaço para acomodar a bagagem, apenas um compartimento na entrada de cada vagão e outro no meio, entre as cadeiras. Se você tem uma mala muito grande (ou várias delas), chegue mais cedo para estar entre os primeiros a embarcar (o acesso ao trem é liberado cerca de 20 minutos antes da partida).

Anota aí: o limite de bagagem é três volumes por passageiro, num peso total de 25 quilos. Em geral, são permitidas uma mala grande e duas pequenas. O controle não é rígido e, em geral, prevalece o bom senso. No entanto, é bom lembrar que não é muito fácil administrar um grande volume de bagagem e que não há ninguém para ajudá-lo a acomodar as malas.

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