Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Bom e barato: orgia de frutos do mar em Barcelona

Aqui vocês vão encontrar bichos nunca vistos em território brasileiro, num grau de frescor absoluto

Por Adriana Setti
Atualizado em 26 set 2019, 17h16 - Publicado em 9 ago 2013, 19h54

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A menos que tenham aversão ou alergia a frutos do mar, meus hóspedes não escapam: são sumariamente arrastados até a minha marisqueria favorita na cidade, e talvez no mundo: La Paradeta. Quando conto como funciona o esquema aos meus amigos paulistanos, eles insistem em dizer que algo parecido abriu em São Paulo nos últimos anos. Não, gente. Aqui vocês vão encontrar bichos nunca vistos em território brasileiro, num grau de frescor absoluto. E também vão comer os amiguinhos de sempre – camarões, mexilhões, lagostas, caranguejos – por preços inimagináveis na pauliceia. É muito difícil que a conta passe de € 25 (R$ 75) por pessoa, exagerando muuuuito na quantidade de comida (e também um pouco no vinho).

Este tutorial ensina com uma animação bonitinha como se comportar uma vez lá. Mas eu vou resumir. Uma banca de peixaria fica logo na entrada, sobre a qual lagostas, lagostins, ostras, amêijoas, navajas (uma concha em forma de navalha), berberechos (uma conchinha pequena e de sabor pungente), tallarinas (uma micro concha de sabor suave) e caranguejos ainda se mexem. Você também vai encontrar toda a família da lula, sem tradução: sépia, chipirones, calamares etc. Peixe? Tem atum vermelho de doer, rape (um peixão feio de carne suculenta e consistente) e, às vezes, algo mais. Camarões são apresentados em vários tamanhos, dos pequenos aos gigantes.

Você terá duas opções de preparo: “a la plancha” (na chapa com azeite, alho e salsinha– NHAMI) ou “a la marinera” (cm um um molho à base de tomate e cebola que casa muito bem com os mexilhões). Uma vez pedido, você paga tudo no balcão (em cash!), compra as bebidas e vai até a sua mesa com a lista de pratos e um número. Então senta e espera ser chamado ao microfone. Bingo? Daí você levanta, pega o prato e leva até a o local de abate. E no final devolve tudo na cozinha. Não há garçom – o que faz com que o preço final seja mais enxuto.

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Para acompanhar, você até pode pedir uma salada (única opção além do pão). Mas o que vale, ali, é ser medieval. Exagerar. O ideal é ir em turma e pedir um muito de tudo. E lubrificar a garganta com vinho branco bom e barato.

É barulhento? É. É um vai e vem de gente com camarão pra lá e pra cá? É. Vive lotado? Sim, com fila na porta (que você pode evitar chegando antes das 21h, algo que eu SEMPRE faço). Mas faz parte. Amo este programa, simples assim.

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