Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Airbnb considerado ilegal em Nova York! Será que a moda vai pegar?

Amado e idolatrado por todos nós que gostamos de viajar sem precisar ficar em hotel, o site Airbnb está em maus lençóis em Nova York

Por Adriana Setti
Atualizado em 2 jul 2021, 12h14 - Publicado em 22 Maio 2013, 09h12

Print antigo do Airbnb

Amado e idolatrado por todos nós que gostamos de viajar sem precisar ficar em hotel, o site Airbnb está em maus lençóis em Nova York. Um juiz acaba de considerar culpado o proprietário de um apartamento cujo inquilino alugou um de seus quartos durante três dias em setembro ano passado, multando-o em US$ 2 400. Segundo a interpretação do juiz, inquilino e proprietário (coitado, que nem deveria saber o que se passava no seu apê) infringiram a lei que impede os residentes na cidade de alugarem suas propriedades por menos de 30 dias – norma que também atinge as empresas de aluguéis por temporada.

A decisão encerra um caso que já vem dando o que falar nos noticiários nova-iorquinos desde o ano passado (clique aqui para ler a reportagem da CNN, com link para outra reportagem do New York Times) e torna o aluguel de quartos e apartamentos via Airbnb e semelhantes oficialmente ilegal na cidade. O site não foi banido (como li em alguns sites por aí) em Nova York – mesmo porque, o Airbnb se exime de qualquer complicação através de suas letras pequenas em “termos e condições”. Mas, a partir de agora, os inscritos pensarão dez mil vezes antes de fechar negócio. Afinal de contas, nos Estados Unidos a lei costuma ser respeitada (e temida).

Muita discussão ainda vai rolar, mas pode ser o princípio do fim. E, como tudo o que nasce em Nova York é tendência, o resto do mundo que se cuide.

Nossa primeira reação é xingar a mãe do juiz, bem como a progenitora dos lobistas que atuam em nome dos hoteleiros. Mas, como já andei dizendo por aqui, precisamos reconhecer que, a partir do momento em que alugueis de apartamentos por temporada viraram um fenômeno de massa, isso infelizmente tem um efeito colateral. Não à toa, a prefeitura de Paris proibiu essa prática (que, no entanto, continua existindo).

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Se você quiser saber o que eu penso sobre o assunto, leia o texto que escrevi recentemente.

O debate em torno de aluguéis de temporada por parte de empresas já vem de longe. Agora, a discussão está também no nível “de pessoa para pessoa”, o que torna a discussão ainda mais polêmica. Se por um lado eu reconheço que alugar (e sublocar, o que é pior) um imóvel a estranhos, sem contrato e sem regulamentação, pode ser nocivo para proprietários, vizinhos e hoteleiros, acho radical demais impedir que alguém receba um turista em casa a troco de um dinheirinho. Estudantes fazem isso desde que o mundo é mundo e esse convívio também gera um intercâmbio cultural interessantíssimo. Em outras palavras, é preciso encontrar um meio termo, antes que a moda pegue e que viajar acabe ficando mais chato.

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