Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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10 dicas para viajar ao exterior em tempos de dólar nas alturas

Veja dicas importantes para gastar menos dinheiro para comprar dólar e euro e viajar para o exterior economizando

Por Adriana Setti
Atualizado em 10 Maio 2017, 20h45 - Publicado em 26 ago 2015, 09h50

São tempos muito difíceis para quem planeja viajar ao exterior. Ontem à tarde o dólar cravou em R$ 3,60 e o euro fechou a R$ 4,14. Chega a ser surreal pensar que há meros quatro anos vivemos o oba-oba do dólar a R$ 1,55 e do euro a R$ 2,20 – nós, viajantes, éramos felizes e SABÍAMOS. De volta aos tempos do “quem converte não se diverte”, precisamos repensar nossas estratégias e abandonar velhos hábitos para que seja possível continuar viajando a outros países. Aqui vão algumas dicas:

1. Todo cuidado é pouco ao usar o cartão de crédito no exterior

Julho e agosto foram meses terríveis para quem viajou pendurado no cartão de crédito. Do começo de julho até ontem, o dólar comercial saltou de R$ 3,10 para R$ 3,60 (enquanto o euro pulou de R$ 3,43 para R$ 4,14). Imagine que o cidadão tenha feito um pagamento de US$ 500 no cartão no começo da viagem. No dia da compra, ele achava que estava gastando R$ 1550. Mas na data do pagamento da fatura a paulada subiu para R$ 1800. Isso sem contar o IOF guloso e o câmbio sempre desfavorável aplicado pelo banco, que supera o oficial.

Ninguém sabe ao certo o que acontecerá nos próximos meses. Mas a tudo indica que a tendência é de alta. Na dúvida, é muito arriscado usar o dinheiro de plástico, principalmente longe da data do vencimento (que, até então, era justamente quando todo mundo gostava de mandar ver no cartão).

2. Aposte no dinheiro vivo

Dinheiro na cueca is the new black. Em 2013, o governo passou uma baita rasteira nos que viajam ao exterior elevando o IOF (imposto sobre operações financeiras) de 1,1% a 6,38% para todas as modalidades de “dinheiro de plástico”, inclusive cartões pré-pagos e de débito. Nem os traveler cheques, cúmulo do vintage, escaparam.

A única modalidade à qual ainda se aplica o IOF de 1,1% é a boa e velha compra de moeda estrangeira em espécie. Como todo mundo sabe, viajar com dinheiro vivo (e principalmente sair do banco no Brasil com um maço de dólar) é arriscado. Mas levar uma reserva em espécie hoje em dia é uma boa maneira de equilibrar as finanças, fugindo do IOF alto e das flutuações de câmbio. De qualquer forma, antes de forrar a cuequinha, lembre-se de que a quantia máxima com que você pode embarcar SEM DECLARAR é de US$ 3000 (ou o valor equivalente em qualquer outra moeda).

3. Cartões de débito e pré-pagos: use com moderação

Até 2013, os cartões de débito (Maestro, Visa Electron etc) e os pré-pagos (Visa TravelMoney, Cash Passport e American Express GlobalTravel Card) eram submetidos a IOF de 0,38%. Desde então, passaram a ter IOF de 6,38%, assim como os cartões de crédito.

Com isso, eles deixaram de ser uma alternativa mais em conta. Mas continuam sendo uma opção SEGURA para escapar das oscilações de câmbio e dos riscos de viajar com dinheiro vivo.

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4. Leve um pouco de tudo

A solução? Fazer um mix de dinheiro vivo, cartões de débito, pré-pago e crédito. E o motivo para isso não é apenas o IOF ou a flutuação de câmbio. A coisa é complexa. E a melhor análise que li sobre o assunto, que adotei como bíblia e compartilhei fervorosamente com os amigos, é ESTE POST do Viaje na Viagem. Por que afinal de contas há certas coisas que só o Riq Freire pode fazer por você.

5. Escolha destinos baratos

O real desvalorizou em relação a praticamente todas as moedas do mundo nos últimos anos. E, claro, para viajar ao exterior estamos sempre atrelados ao dólar, a menos que consigamos trocar real por moeda estrangeira diretamente (o que é viável apenas na América do Sul). Ainda assim, há muitos países onde quem converte até se diverte, justamente porque o custo de vida é mais barato do que no Brasil. Alguns exemplos incríveis? Na Europa: Portugal, Hungria, República Tcheca, Albânia e alguns lugares da Espanha e da Grécia. Na Ásia: Indonésia, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã e Filipinas. Na América: México (longe das praias mais hypadas), Nicarágua, Guatemala, Colômbia, Argentina, Peru, Bolívia. Na África: África do Sul e Marrocos.

6. Aproveite as loucas ofertas de passagens

De uma coisa não podemos reclamar. O preço das passagens aéreas para o exterior andam muito atrativos. Que tal aproveitar o momento para sair do feijão com arroz e ir em busca de alguns dos destinos citados acima? Andam rolando passagens por menos de US$ 1000,00 para a Ásia. Europa a menos de US$ 500 também tem sido possível. Sigam as ofertas incríveis no blog Pechinchas!

7. Evite viagens pinga-pinga

Viajar com calma não é apenas mais gostoso. Sai mais barato também. Ficando mais tempo em cada lugar você não apenas economiza em deslocamentos (o que é óbvio), mas também em outros aspectos. Com menos pressa, você pode aproveitar os dias gratuitos dos museus, sair das áreas turísticas atrás dos achados bons e baratos para comer e beber, curtir o lugar sem a obrigação de entrar em atrações pagas…

8. Alugue apês

A viagem mais relax descrita acima combina com um apê alugado. Além de ser mais barato do que hotel (principalmente para quem viaja acompanhado), você ainda pode economizar em comida e bebida, fazendo algumas refeições e “esquentas” em casa. Procure pelo Airbnb e pelo Booking.com.

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9. Faça as contas COM ATENÇÃO antes de sair comprando

Ao calcular o preço de um produto, você não apenas deve fazer a conversão ao real para ver se vale a pena, como também acrescentar o IOF. Tomemos o exemplo da Apple. Será que ainda vale a pena comprar um Iphone 6 16GB nos Estados Unidos? O aparelho custa US$ 649 na Apple Store, o equivalente a R$ 2336,40 com a cotação de hoje. Pagando com qualquer tipo de cartão, é preciso acrescentar 6,38%. Total = R$ 2485,46. Na Espanha, onde o aparelho custa € 699, acaba saindo por R$ 3123,10. No Brasil, o aparelho pode ser comprado à vista por R$ 3149,10.

De maneira geral, ainda vale a pena comprar eletrônicos nos Estados Unidos. Mas, para certos produtos, o preço praticamente empata com o da Espanha e da Europa em geral (algo inimaginável até meses atrás). E você ainda corre o risco de ser parado na alfândega e ter que pagar os impostos por compras acima de US$ 500…

10. Aproveite as ofertas de “dólar congelado”

As promoções de “dólar congelado” a cotações relativamente baixas estão pipocando no mercado. A Cruzeiros MSC, por exemplo, está taxando o dólar a R$ 2,99 para a venda de pacotes. Várias agências de viagem estão fazendo o mesmo em promoções relâmpago. Siga as novidades pelo blog Pechinhas.

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