1/4 O Portão de Brandemburgo, o mais poderoso ícone da Alemanha unida, foi erguido em 1791 para celebrar as vitórias bélicas prussianas (Thinkstock/Thinkstock)
2/4 No fim do ano, o inverno chega à Berlim, junto com a neve; na foto, o Portão de Brandemburgo ao lado de uma árvore de Natal gigantesca (Thinkstock/Thinkstock)
3/4 O Portão de Brandemburgo tornou-se o principal ícone da queda da Cortina de Ferro (Klearchos Kapoutsis/Creative Commons/Flickr)
4/4 Ao final da II Grande Guerra, a Alemanha não só perderia territórios históricos em várias frentes, como sofreria uma dor ainda maior: seria dividida entre os Aliados. Os setores sob influência de Estados Unidos, França e Reino Unido passariam à história como a Alemanha Ocidental, enquanto que a região comandada pela União Soviética seria batizada de República Democrática da Alemanha. Como de democrática não tinha nada, o nome que ficou foi Alemanha Oriental. Mas isso não foi tudo: Berlim, sua capital, também seria retalhada, com os comunistas construindo um muro para evitar que seus cidadãos fugissem para o lado capitalista.Esse pesadelo terminou com as ondas de choque provocadas pelas reformas promovidas pelo último secretário-geral do PC soviético, Mikhail Gorbachev, a perestroika (reestruturação) e glasnost (transparência). Com a queda do Muro de Berlim, em 9 de Novembro de 1989, a Guerra Fria chegava ao fim. Esta seria, simbolicamente, uma das datas mais emblemáticas para ser o dia nacional da Alemanha unificada. Todavia, como coincidia com a tentiva de golpe de Adolph Hitler (1923) e dos primeiros grandes ataques aos judeus (1938), adotou-se o dia 3 de Outubro, a data da reunificação de facto, em 1990.Festas populares ocorrem em todo o país e até a tradicional Oktoberfest de Munique marca seu dia final, quando necessário, para comemorar a data (Miguel Villagran/Getty Images)
Erguido em 1791 para celebrar as vitórias bélicas prussianas, esse cartão-postal da capital alemã rendeu-se à nova era e abriga atualmente uma Sala do Silêncio, administrada pela ONU, para que os visitantes reflitam sobre a paz. O Portão de Brandemburgo guarda belíssimos altos-relevos neoclássicos, esculturas assinadas por Johann Gottfried Schadow (1764-1850) e uma quadriga, carro de duas rodas puxado por cavalos, com a estátua de Irene, deusa grega da paz. Quando tomou Berlim, Napoleão Bonaparte chegou a surrupiar essa peça do monumento e enviá-la a Paris como troféu de guerra, ato que só foi desfeito após a batalha da libertação germânica.