Palácio Topkapi
O palácio onde diversos sultões otomanos viveram entre os séculos 15 e 19 é um deslumbre e merece a dedicação de pelo menos meio dia. Entre os jardins e pátios do Palácio de Topkapi (de alguns se tem uma bela vista para o mar), distribuem-se vários pavilhões, entre os quais estão os cômodos onde se desenrolava a vida dos habitantes do palácio e também salas que guardam o tesouro dos soberanos.
Após a queda de Constantinopla, no século 15, o sultão Mehmet II ordenou a construção de um palácio à altura de seu poder e do Império Otomano. Em uma ampla área sobre o Bósforo, diversos salões, jardins, pavilhões e pátios foram sendo construídos, em uma sucessão mágica de obras primas da arquitetura e das artes aplicadas.
Além de belas salas, como a Biblioteca de Ahmet III, o Pavilhão Iftariye e o Pavilhão Bagdá (em comemoração à conquista da atual capital iraquiana por Murat IV, em 1639), Topkapi guarda algumas surpresas. Um dos destaques é o impressionante acervo do palácio, acumulado durante quase 500 anos de poderio otomano. A coleção de arte engloba preciosidades como tapetes, relógios, cerâmicas, cristais e pratarias. Nada, porém, se compara à exposição do Tesouro, onde uma profusão de joias o aguardará, como a armadura de diamantes de Mustafá III, a deslumbrante adaga de Topkapi, cravejadas de pedras preciosas, e um diamante de 86 quilates. Outro ponto bastante interessante no grande complexo é o Harém , a área onde residiam as mulheres, concubinas e filhos do sultão. A vida aqui dentro, com dezenas de mulheres vindas de todo o império, era repleta de intrigas e lutas pelo poder — todas queriam se tornar a favorita do soberano e garantir que um de seus filhos se tornasse o futuro mandatário. Não deixe de passar pelos Pavilhões Gêmeos, o Salão Imperial e a Sala de Jantar de Ahmet III.