Centro Velho

Por Da Redação 2 Maio 2012, 20h57

A II Grande Guerra começava os capítulos finais. As tropas de Stálin penetraram em território polonês e os nazistas já imaginavam uma retirada. Com pouca simpatia pelos dois lados, a resistência polonesa organizou uma corajosa empreitada para recapturar sua capital, no que se transformou numa das mais heróicas derrotas da história. Ao fim do Levante de Varsóvia, entre 150 e 200 mil poloneses pereceram. Furioso com a resistência local e não queirando deixar a cidade para os soviéticos, Hitler ordenou que a cidade fosse completamente destruída. E foi isso que seus soldados fizeram: edifícios, históricos ou de simples cidadãos, foram bombardeados, implodidos, viraram pó. O Castelo Real, nobre casa da monarquia, ficou irreconhecível. A cidade era um mar de escombros.

Depois da guerra, e por muitas décadas depois, entrou-se em discussão sobre o que fazer com toda a região. Entre transformar a cidade em um memorial e reerguê-la tal como no passado, valeu o segundo voto. Cidadãos de todo o país e até do exterior colaboraram com os fundos de reconstrução, um enorme esforço em busca de plantas arquitetônicas, material iconográfico e registros de imóveis foi iniciado e até as pinturas do veneziano Canaletto foram utilizadas para reproduzir as feições desaparecidas.

O resultado é esplendoroso. O Centro Velho hoje é a alma de Varsóvia e seus “antigos” edifícios mal dão pistas de que têm apenas algumas poucas décadas de idade. O próprio Castelo Real só teve sua reconstrução iniciada em 1971, sendo reinaugurado em 1984. Um momento de redenção e unidade nacionais durante o igualmente doloroso período comunista.

As principais atrações no distrito são o próprio Castelo, a coluna do rei Sigismundo III na praça em frente, a Praça do Mercado e o bastião fortificado Barbican.

 

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