Basílica do Santo Sepulcro
As pessoas em pranto e o ambiente escuro prenunciam a atmosfera da igreja do Santo Sepulcro, a mais sagrada – e polêmica, igreja da cristandade. Há muito debate sobre se esse foi realmente o lugar onde os restos do Cristo crucificado foram depositados, cobrindo ainda os sítios do Calvário e de sua ressurreição. O fato é que a rainha Helena, mãe do imperador romano Constantino, declarou ser aqui o lugar santo e estabeleceu no local uma basílica no ano de 326. Destruída, reformada e ampliada ao longo dos séculos, objeto de disputa dos cruzados e das diferentes facções cristãs, hoje a igreja atrai milhares de peregrinos e turistas comuns. A igreja é administrada e mantida por um complexo arranjo entre os diferentes credos cristãos e isso é logo percebido pela presença de diferentes capelas para ortodoxos gregos, sírios, coptas e católicos romanos, entre outros.
Imediatamente junto à entrada está uma grande pedra retangular, onde a tradição (bem recente, aliás) diz que o corpo de Jesus foi preparado para ser sepultado. À direita está a escada que leva ao Calvário (ou Gólgota), o local da crucificação, onde se encontram os altares grego e latino. À esquerda, debaixo do amplo domo, está a pequena edícula que guarda o sepulcro propriamente dito. Multidões se acotovelam sem muita disciplina para adentrar o apertado espaço, então tenha paciência.
Antes de conhecer a igreja, muitos peregrinos percorrem a via crúcis e seus 14 passos, que se encerram exatamente dentro da basílica.