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Os encantos e desencantos de viajar sozinha

Por Mariana Maciel
10 ago 2015, 13h00

Os motivos para viajar sozinha foram os mais variados possíveis até hoje: trabalho, estudo, férias que não encaixavam com a de mais ninguém. E os resultados foram os mais variados também: alegria, tristeza, sensação de liberdade, indisposição, mas acima de tudo foi de superação.

Viajar sozinha, principalmente sendo mulher, é bem desafiador dependendo do local para onde vamos. Infelizmente o preconceito é forte e a insegurança bate muitas vezes. Mas para diminuir a hostilidade, é preciso levantar a cabeça e seguir adiante mostrando que o espaço também é nosso e ninguém tasca.

Dentre os desencantos que já tive viajando sozinha está o de justamente parar para perguntar um simples preço de produto e ser abordada com uma proposta inconveniente. Bate a solidão também quando você quer comentar sobre algo que está gostando e não tem ninguém ali do lado para concordar ou discordar. E quando você tem que dividir quarto só com desconhecidos (sim, quem viaja com pouca grana tem que topar dividir quarto em hostel) e se vê no meio de um grupo de bagunceiros e sujos? Fora que você sempre precisa de um ombro amigo quando passa por algum perrengue como um roubo ou um voo cancelado. Experiências que você só ganha jogo de cintura vivendo na pele.

Mas, na minha opinião, os encantos são muito maiores. Poder saber que, mesmo no meio de uma possível hostilidade, você tem coragem suficiente para colocar sua mochila nas costas e partir sozinha para outro país. Isso é bom demais. Outro ponto crucial é poder fazer o que quer e na hora que quer. Por mais que você tenha intimidade com o seu companheiro de viagem, sempre terá que rolar uma negociação quanto à ordem dos passeios, horários, custos, etc. Sozinha, não importa se você vai almoçar às 19h ou acordar às 4h da madrugada, se vai viver à base de chocolate ou passar o dia todo dormindo.

O mais gratificante de tudo é a independência que você cria para qualquer outra coisa depois de uma boa e longa viagem sozinha. Independência de saber que você pode e deve se aventurar por aí sem medo do que vão pensar ou do que vai enfrentar, independência de se permitir conhecer gente nova e muito diferente de você, independência de saber que pode viver um pouquinho mais longe dos seus “grudinhos” do dia a dia.

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Aí você passa a ter uma outra visão das coisas no geral, não só de uma viagem. Aí a gente leva isso para a viagem da vida.

Pode parecer piegas, pode parecer óbvio. Mas como sempre dou dicas de viagens por aqui, aproveito hoje para fugir um pouquinho do tradicional e dizer: se jogue nesse tipo de viagem, escolha seu próximo destino e parta sozinho para ver até onde você pode ir. E você vai ver que vai se surpreender com a distância que pode chegar.

E você? Já teve alguma boa experiência ao fazer uma viagem sozinho (a)?

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