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Destino Dubai: o essencial

Por Da Redação
Atualizado em 16 dez 2016, 07h59 - Publicado em 14 jun 2013, 18h54

Do 124º andar do mais alto edifício do mundo, o Burj Khalifa, a vista de uma metrópole que floresceu entre deserto e oceano se descortina. E Dubai não para de crescer, para o alto e para os lados. Onde era mar, hoje avistamos os tentáculos da ilha artificial Palm Jumeirah e o inconfundível símbolo da cidade, o hotel Burj Al Arab. Onde há uma década era só areia, agora elevam-se arranha-céus ocupados por companhias multinacionais e um contingente de expatriados vindos de mais de 160 países – incríveis 80% da população total. A vista, a meteórica expansão, os planos futuros, a complexa teia étnica e cultural em pleno Islã: Dubai tira o fôlego de seus visitantes – e é exatamente isso que os fascina e seduz.

Seu ar praiano é mezzo Barra da Tijuca, mezzo Miami. A marina é tão concorrida quanto a de Mônaco. Seu centro histórico é uma trama árabe com mercados, mesquitas, antigos barcos mercantes e casas de arquitetura tradicional. Suas piscinas com borda infinita e os terraços ao ar livre, um brinde ao ócio. A ousada face urbana – social e física –, é única, múltipla, é 100% a cara de Dubai.

Visitantes privilegiados encontrarão aqui alguns dos mais exclusivos e luxuosos hotéis do mundo; Locais onde o hóspede é recebido em um Rolls-Royce, vai às nuvens em spas tão silenciosos como transcendentais e fica perdido entre  as ofertas de restaurantes nos quais pratos elaborados por chefs estrelados e decoração palaciana dividem as atenções. 

Crianças vão ao delírio com os parques aquáticos,  interações com golfinhos e até mesmo esqui na neve. Jovens (e outros nem tanto) terão muito agito em algumas das melhores baladas do Oriente Médio. Na hora das compras, um de nossos esportes favoritos, há de lojinhas nos tradicionais souqs – os mercados de rua – a enormes complexos de consumo, lazer e entretenimento. Em cada um deles, uma descoberta: de presentes sagrados ao prêt-à-porter.

Explorando achados, você encontrará mirra e incenso entre os aromas do mercado de especiarias do bairro histórico de Deira. Um pouco mais além, no Gold Souq, o ouro aparece em profusão nas vitrines. Os três produtos, ali tão acessíveis, há dois mil anos foram oferecidos por três sábios orientais a um menino na distante Belém. Hoje, fazem a alegria de curiosos turistas que igualmente se deslumbram com shopping centers nababescos, todos oferecendo efêmeras coleções de moda e joias que serão eternas. Estão todas aqui: Tiffany, Cartier, Bvlgari e até as pérolas cultivadas Mikimoto, que, no começo do século passado, quase acabaram com a já precária economia local, famosa por suas pérolas naturais.

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Tudo mudou na pacata vila de pescadores com a descoberta de petróleo no fim da década de 1960. O dinheiro jorrou, assim como a certeza que não se podia depender de uma única fonte de renda. E com essa constatação começa o ambicioso plano de transformar Dubai em uma cidade cosmopolita, aberta, universal. Toda a região tornou-se celeiro de revolucionários projetos urbanísticos, pontilhados por obras de renomados arquitetos internacionais. Extravagante? Sim. Exibicionista? Com certeza. Mas essa vontade de prevalecer onde tudo parece impossível faz parte da natureza de homens e mulheres que cresceram no deserto, sobrevivendo com recursos limitados. É aí que percebemos que Dubai ainda tem espaço para suas raízes, comemorando a figura do beduíno em safáris na imensidão do deserto e respeitando um Islã tradicional e pragmático. Uma ilha de paz e prosperidade numa região tão conturbada, uma encruzilhada para pessoas mundo afora: Dubai é um destino que provoca. 

QUANDO IR

De outubro a abril, o clima é bastante agradável, com temperaturas entre 15 ºC e 30 ºC. Durante essa época do ano, acontecem vários eventos culturais e esportivos na região e as varandas ao ar livre são boas opções para o jantar ou um café. Como nem tudo é perfeito, as atrações estão lotadas e é difícil fazer reserva nos melhores restaurantes. Já no verão (maio a setembro), os termômetros dificilmente marcam menos que 30 ºC e, com certa frequência, batem os 50 ºC. Alguns tours deixam de ser operados e várias atrações passam a trabalhar com horários limitados. Em contrapartida, os hotéis, inclusive os cinco estrelas, oferecem grandes descontos nas diárias.  Um período que merece a atenção do turista é o mês sagrado dos islâmicos, o Ramadã. Não é impossível viajar ao país nessa época, mas o dia a dia torna-se mais complicado: é proibido comer, beber ou fumar na rua, em respeito ao período de jejum diário dos muçulmanos. Em 2013, ele acontece de 9 de julho a 7 de agosto. Para os fãs de compras, vale marcar na agenda dois eventos repletos de promoções. As quatro semanas do Dubai Shopping Festival (www.dubaishoppingfestival.com) acontecem entre janeiro e fevereiro, com descontos nos shoppings e nos souqs, muitas atrações e shows. Já o Summer Surprises (www.summerisdubai.com) tenta atrair visitantes na baixa temporada, entre junho e agosto (a data é móvel).

COMO CHEGAR

Dubai é acessível por voos sem escala a partir do Rio de Janeiro e de São Paulo com a Emirates (11/5503-5000, emirates.com.br) – servindo como parada intermediária para outras rotas pela Ásia. As passagens custam desde US$ 2 703. Outras opções, saindo de São Paulo, são as companhias do Oriente Médio. A Qatar Airways (11/2575-3000, qatarairways.com) voa até Doha e, depois, segue para Dubai, com voos desde US$ 1 950. Já a Turkish Airlines (11/3371-9600, flyturkish.com.br) faz escala em Istambul, desde US$ 1 172.

AEROPORTO

O Aeroporto Internacional de Dubai (224-5555, dubaiairport.com) está em Garhoud, a 5 quilômetros do Centro. O terminal 1 atende as grandes companhias internacionais; o 2, as de países africanos e do Oriente Médio; e o 3 é exclusivo da companhia Emirates. Há um hotel para quem está em trânsito, o Dubai International (224-4000, dih-dca.com), e um andar exclusivo para o duty free. Táxis que saem do aeroporto cobram bandeirada de US$ 7 – mas, para fazer o caminho inverso, desde o Centro, a bandeirada é regular, de US$ 0,82. A linha do metrô tem estações nos terminais 1 e 3, e há diversas linhas de ônibus municipais que atendem o aeroporto: 4, 11 e 48, a partir da estação de Deira; 33 e 44, desde Bur Dubai; 401, de Al Sabkah; e 402, de Al Ghubaiba.

COMO CIRCULAR

Dubai é uma cidade longa (são cerca de 35 quilômetros, de ponta a ponta), espremida entre o deserto e o mar. Para orientar-se melhor, vale tomar como referência o Creek, o braço de mar ao norte, e a rodovia Sheikh Zayed Road, a artéria viária que une os diferentes bairros de Dubai. Atrações turísticas, centros de compras e hotéis podem estar a uma boa distância uns dos outros, o que exige demorados deslocamentos. TÁXI É o meio de transporte mais conveniente. Ele não é caro: a bandeirada custa US$ 0,82 ou US$ 0,96 (entre 22h e 6h), mais cerca de US$ 0,35 por quilômetro rodado. Os principais pontos estão em hotéis e shoppings. Na rua, basta sinalizar para um veículo vazio.  Para trechos mais longos, vale a pena combiná-lo com o sistema de metrô.

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TRANSPORTE PÚBLICO

O sistema de ônibus funciona bem somente para os moradores: o trajeto das linhas, a falta de pontos de referência claros e a irregularidade de horários podem atrapalhar a vida dos turistas. Melhor optar pelo metrô. As duas linhas da rede ligam o aeroporto aos bairros históricos e, a partir deles, seguem por toda a extensão da principal avenida da cidade, a Sheikh Zayed Road. Outro meio de transporte que vale ser conhecido: os abras, barquinhos que cruzam o Creek, canal que separa os bairros históricos de Deira e Bur Dubai. A viagem, que custa US$ 0,27 e dura cerca de cinco minutos, é um passeio obrigatório. Para trechos mais longos pelo Creek, a melhor opção é o water bus (ônibus aquático). De ônibus, metrô ou water bus, pode-se pagar com o cartão NOL, à venda nas estações metroviárias. Os mais práticos para turistas são os de cor vermelha e prata, que podem ser recarregados. Mais informações em https://www.nol.ae.

ALUGUEL DE AUTOMÓVEL

Com ótima sinalização de rua, condições de estradas impecáveis e um ar-condicionado sempre ligado, o carro é o meio de transporte ideal para quem for se movimentar bastante e pretende visitar o deserto ou as cidades vizinhas. Para dirigir, é necessário ter a carteira de habilitação internacional e a carteira de motorista do país de origem e ser maior de 21 anos. Há diversas companhias internacionais operando em Dubai, entre elas Avis (295-7121,avis.com), Europcar (339-4433, europcar-dubai.com) e Hertz (206-0206, hertz-uae.com). Estacionamentos estão disponíveis na rua (pagamento com parquímetros) e em garagens sinalizadas. 

DOCUMENTOS/VISTO

Brasileiros precisam de visto para entrar nos Emirados Árabes Unidos. Válido por 30 dias, ele custa US$ 80 e pode ser emitido por algumas operadoras de turismo, hotéis selecionados ou diretamente com a companhia aérea Emirates (11/5503-5000, emirates.com.br) – desde que, é claro, você tenha uma passagem marcada com eles. O processo leva poucos dias; caso tenha urgência, uma taxa de US$ 20 pode limitar o prazo de emissão para três dias. Como os procedimentos de entrada e regras de visto mudam constantemente, é recomendado consultar a Embaixada dos Emirados Árabes Unidos (61/3248.0717, www.uae.org.br). O passaporte precisa estar ainda com no mínimo seis meses de validade. Para quem voa para outros destinos via Dubai, é possível fazer uma escala mais alongada nos Emirados. Basta solicitar o visto de trânsito de 96 horas, desde que seu passaporte tenha validade de três meses na chegada ao país, reserva de hotel e passagens marcadas para os demais voos. Para mais detalhes, informe-se junto à embaixada dos EAU e seu agente de viagem.

DINHEIRO

A moeda corrente dos Emirados Árabes Unidos é o dirham (AED), oficialmente atrelado à moeda americana. Em maior de 2013, US$ 1 valia  3,65 dirhams. Dólares costumam ser aceitos em grandes hotéis, na maioria dos restaurantes internacionais e até mesmo em algumas lojas dos mercados tradicionais. Ainda assim, não vale tanto a pena usá-los no dia a dia. Quando a conta é paga em dólares, o troco sempre é dado em dirhams, e os estabelecimentos aplicam cotações próprias, raramente vantajosas – em alguns lugares, US$ 1 pode chegar a valer 3,49 dirhams. Os hotéis fazem câmbio, inclusive para não-hóspedes, mas o melhor é procurar as corretoras oficiais, como a UAExchange (353-5350), e os bancos, caso do Noor Islamic Bank e do Emirates NBD. Além do aeroporto, qualquer shopping tem pelo menos uma casa câmbio (funcionamento até as 23h). De qualquer forma, cartões de crédito internacional e o Visa TravelMoney são amplamente aceitos – exceção feita aos mercados de rua. Restaurantes e hotéis costumam incluir taxas de serviços (entre 10% e 15%) e impostos. Gorjetas pequenas são, na maioria das vezes, bem-vindas.

IDIOMA

O árabe é a língua oficial, mas o inglês é amplamente difundido. Motoristas de táxi, garçons, recepcionistas e lojistas, todos saberão se comunicar com você nesse idioma, mesmo que seja o básico. Placas indicativas nas atrações, shoppings, estradas e transporte público estão sempre árabe e em inglês.

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