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48 horas em Visconde de Mauá

Um passeio nas maiores cachoeiras da região, comprinhas e refeições estreladas em um dos destinos mais belos da Serra da Mantiqueira

Por Viviane Macedo
Atualizado em 2 abr 2019, 17h01 - Publicado em 27 fev 2012, 14h46

Atualizado em fevereiro de 2019

A primeira coisa que você precisa saber é: para passar dois, três ou mais dias em Visconde de Mauá, de preferência, vá acompanhado. O clima romântico da cidade atrai mais os casais, no entanto, um grupo de amigos também consegue se divertir por lá, já que não são poucas as opções de turismo de aventura – com trilhas, passeios e cachoeiras.

Visconde de Mauá (RJ)
A Serra da Mantiqueira antes era um reduto hippie, hoje é um destino romântico (Ana Paula Hirama/Creative Commons/Flickr)

Acontece que 48 horas em Visconde de Mauá se tornam pouco tempo para desfrutar de tudo que se pode fazer em Mauá. Mas, vamos lá…

Dia 1

Reserve o primeiro dia para conhecer as maiores cachoeiras da região. Então, a primeira coisa é tomar um café da manhã bem reforçado, geralmente as pousadas dali oferecem boa variedade de frutas, pães e bolos. Não esqueça de preparar uma mochila com alguns itens indispensáveis como repelente, protetor solar, toalha e uma garrafinha d’água. Ah, vá preparado para um banho de cachoeira, claro.

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Num só dia, você vai conhecer as três maiores cachoeiras de Mauá – Paiol (120 m), Brumado (90 m) e 5 Estrelas (200 m) – a única onde é possível tomar um banho (bem gelado!). No caminho, os guias falam sobre pontos históricos do local. Há paradas em mirantes, onde é possível ter uma vista privilegiada de Mauá. Mas o ápice, a melhor vista é possível a partir do Mirante Zé Manuela, na Serra Verde, que fica a 1.800 metros do chão. De lá, é possível ver tanto as pequenas vilas de casinhas simples, como a famosa Pedra Selada, paisagem local. O caminho já é uma aventura, já que só é possível chegar de 4×4.

Vista de Mauá a partir do Mirante Zé Manuela, a 1800 metros de altura
Vista de Mauá a partir do Mirante Zé Manuela, a 1800 metros de altura (Viviane Macedo/Divulgação)

De lá, próxima parada é na cachoeira 5 Estrelas. Prepare-se para um banho em águas congelantes. As cachoeiras Paiol e Brumado são avistadas no mesmo lugar, em direções opostas, e não formam poço para banho, mesmo assim valem a visita. No início da tarde é hora de voltar, mas no caminho, uma parada em Santo Antonio do Rio Grande (vila a 22 km de Mauá). A sugestão é almoçar por lá.

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Queda da Cachoeira 5 Estelas
Queda da Cachoeira 5 Estelas (Viviane Macedo/Divulgação)

Ao retornar para a pousada, tome aquele banho relaxante e desfrute da boa estrutura das hospedagens. Muitas delas oferecem ofurô, hidro e até mesmo saunas privativas. Use o fim da tarde/começo da noite para o seu momento SPA.

No jantar, você tem boas opções, como o Rosmarinus Officinalis, o Gosto com Gosto e o Babel. Se a noite estiver bonita, decida por um jantarzinho gostoso no Rosmarinus. Em noites sem chuva, eles costumam montar mesas ao ar livre, no jardim. Observar o céu estrelado é uma ótima atração para finalizar a noite.

Truta Visconde de Mauá do Restaurante Rosmarinus Officinalis, Visconde de Mauá, Rio de Janeiro, Brasil
Truta Visconde de Mauá do restaurante Rosmarinus Officinalis (Restaurante Rosmarinus Officinalis/Divulgação)

Dia 2

Depois de um bom café da manhã, reservamos o segundo dia para comprar e conhecer um pouco mais das vilas dali: Visconde de Mauá, Maromba e Maringá.

Para começar o dia, vamos a algumas comprinhas? Se você gosta de lembrancinhas e coisas fofas para casa, não pode deixar de passar na Casa das Velas (Al. Gastronômica Tia Sofia – Maringá MG). Na loja, uma infinidade de modelos e formatos. Há também utilitários, como potes e travessas, feitos com cera.

Casa das Velas, Visconde de Mauá, Rio de Janeiro, Brasil
Na loja Casa das Velas, é possível encontrar diversos utensílios feitos com cera (Casa das Velas/Divulgação)

Passeie pela Alameda Gastronômica Tia Sofia e repare que ali estão concentrados muitos restaurantes e pousadas da cidade. Há também alguns cafés bem gostosos para ir à tarde. Dali, parta para a rua principal na entrada de Mauá e não deixe de conhecer a Casa da Sogra (R. Wenceslau Braz – Visconde de Mauá). Lá você vai encontrar artesanatos de barro e argila feitos pela proprietária, Yeda, e artesãos locais. Há também oratórios com madeira e barro, pipas de chita e mosaicos feitos de pastilha. A loja tem um ar todo místico e vende acessórios como bruxinhas, duendes, vassouras decoradas e chapéus de bruxa.

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Artesanato da loja Casa da Sogra, no centro de Mauá
Artesanato da loja Casa da Sogra, no centro de Mauá (Viviane Macedo/Divulgação)

Ali do lado, vale conhecer o Armazém do Artesão, com mostras de artistas plásticos de Mauá, geralmente também à venda. Nessa mesma rua há outras lojinhas com delicados artesanatos. Mas, se você prefere ficar com comprinhas mais comestíveis, há um lugar que não pode ser esquecido. É o Capril Maluvito’s (Vale do Pavão), onde são vendidos tipos de queijo, geleias e derivados de leite de cabra. O local cultiva cogumelos orgânicos: shitake, shimeji branco, preto e salmão.

No almoço, se você ficou nas compras artesanais em Mauá, está do ladinho do melhor restaurante mineiro do Brasil, o Gosto com Gosto. Passada obrigatória, principalmente pelo bufê de sobremesas. Mas, se preferiu a compra de queijos no Maluvito’s, siga em frente e estacione no Babel, outro estrelado delicioso de Mauá, que fica no Vale do Pavão.

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Figos ao mel com queijo de cabra do Restaurante Babel, Visconde de Mauá, Rio de Janeiro, Brasil
Prato de figos ao mel com queijo de cabra do restaurante Babel (Restaurante Babel/Divulgação)

À tarde, vale uma volta no bairro de Maromba, o antigo reduto hippie de Mauá. Depois de olhar as bijuterias artesanais vendidas em frente à Cachoeira do Escorrega, quem se animar, pode encarar mais um banho gelado… Um escorregador natural te leva ao poço de água fresquinha. Em dias de sol, o local é bem movimentado. Depois do dia de andanças, a dica de novo é aproveitar o conforto da pousada e jantar no restaurante estrelado que ainda não tiver sido visitado.

Cachoeira do Escorrega em Visconde de Mauá, Rio de Janeiro
Cachoeira do Escorrega em Visconde de Mauá, Rio de Janeiro (Viviane Macedo/Divulgação)

SOBROU UM TEMPINHO?

Os apaixonados por motos não podem deixar de conhecer o Museu Duas Rodas (Vale do Alcantilado), onde estão expostas bicicletas e motos que o colecionador Robson Pauli acumulou ao longo de 30 anos.

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