Continua após publicidade

10 razões pra conhecer Washington D.C.

O traçado da cidade é elegante e funcional, e seu tamanho é convidativo para caminhar por tudo

Por Betina Neves
Atualizado em 26 jul 2023, 13h20 - Publicado em 30 out 2014, 19h01

Veja você que a revista Forbes elegeu em agosto Washington D.C. a cidade mais “cool” dos EUA. Se eu não conhecesse a capital americana, pensaria “que diabos tem de cool naquela terra de engravatados”?

Muito. D.C. tem uma vibe urbana super intensa. Nada a ver com Brasília (se é isso que vem na sua cabeça), que tem coisas bacanas mas dispostas naquelas super quadras estranhonas e não afeitas a pedestres. D.C. tem, além de museus fantásticos, ruas interessantes de restaurantes e bares, lojinhas, áreas verdes e multiculturalismo (vide a profusão de restaurantes da Etiópia). O traçado da cidade é elegante e funcional, e seu tamanho discreto não dá aquele desespero de quando você chega em Londres ou Nova York e não sabe por onde começar.

O escritório de turismo local até lançou a página DC Cool, com várias dicas legais.

E aqui vão minhas 10 razões para conhecer D.C.:

1- TEM UMA FARTURA DE ARTE

Continua após a publicidade
Jardim do HirshhornJardim do Hirshhorn

Meus museus preferidos são a National Gallery of Art (tem da Vinci, El Greco, Vermeer, Goya, muitos Manets e Monets) e o Hirshhorn, de arte moderna. Se não estiver rolando nenhuma exposição interessante vá direto ver o acervo do jardim, com uma incrível seleção de Rodin, Henry Moore e de Kooning. Mesmo no frio de rachar do inverno é bacana.

2- TEM MUSEU PRA CRIANÇADA

Air and Space MuseumAir and Space Museum

O melhor deles é o Air and Space Museum, cheio de coisinhas pra ver, ouvir, apertar, empurrar. Aviões e foguetes entopem o teto e há ainda um planetário, um simulador, e exposições com as roupas usadas por Louis Armstrong quando foi a lua na Apolo 11, por exemplo. Pule o Natural History Museum (aquele do Uma Noite no Museu 2) se você já tiver visto o de Nova York, e conheça o International Spy Museum, que conta a história da espionagem e tem atrações interativas. Já o National Zoo é fofo: o maior sucesso são os pandas!

3- TÁ CHEIO DE CHEF FAZENDO COMIDA BOA

Continua após a publicidade
Menu MBKMenu MBK

DC anda com paladares aguçados e uma cena gastronômica empolgante, com chefs de presença national, como José Andrés, dono de vários restaurantes na cidade, e europeus que se estabeleceram ali, além dos muitos point étnicos. A 7th e a 8th streets tem uma porção de boas pedidas, como o Jaleo, de tapas e sangrias fabulosas, e o Menu MBK, mistura de empório, bar e bistrô, recém aberto pelo chef belga Fraderik de Pue. O Dupont Circle é uma boa tanto para comes quanto para bebes: recomendo o Hank’s Oyster Bar e o Komi.

4- A “AVENIDA PRINCIPAL”, A NATIONAL MALL, É UMA BELEZA

nationasl mall

É um largo trecho de área verde de pouco mais de três quilômetros entre o Capitólio e o Rio Potomac, hoje rodeado de memoriais e 12 museus do complexo Smithsonian. Durante os anos ele serviu tanto para piqueniques de domingo quanto para protestos famosos como a March on Washigton for Jobs and Freedom, quando Martin Luther King bradou que tinha um sonho. Mas o recorde na Mall (2 milhões de pessoas) foi quando o Presidente Obama assumiu o governo. Ali estão o Lincoln gigantão sentado em sua cadeira, o obelisco do Washignton Memorial, o Martin Luther King esculpido em granito, inaugurado em 2011 (se puder, vá de noite, quando a turistada já se foi e a iluminação é romântica), e outros memorais.

Continua após a publicidade

5- TEM ATÉ BAIRRO HIPSTER

É a região de Shaw/14th Street/ U Street. Ali o melhor é ir de noite, escolher entre restaurantes como o Eat the Rich ou quem sabe o etíope Etete, e esticar para o Dickson Wine Bar, o Barcelona ou o 9:30, a balada mais falada do momento.

6-  TEM UMA LANCHONETE HISTÓRICA

Ben's Chilli Bowl, na U StreetBen’s Chilli Bowl, na U Street

O maior clássico de Washington não é a Casa Branca, sorry. É o Ben’s Chilli Bowl, uma lanchonete que abriu em 1958 e já serviu seus hot dogs com chilli para Miles Davis, Bill Cosby e a família Obama. É pra mandar ver nos hot dogs e nas batatas-fritas afogadas em queijo cheddar e chilli enquanto espia a confusão de recortes jornais na parede que falam do lugar através das décadas.

Continua após a publicidade
Vai um hot dog?Vai um hot dog?

7- AS CEREJEIRAS SÃO UM ARRASO

cherry

Essas florzinhos lindas, rosadas, só se abrem num pedacinho do ano, mas quem sabe não bate com a sua viagem? A National Mall fica forrada de pétalas, principalmente ao redor do Thomas Jefferson Memorial. Em 2015 o anual National Cherry Blossom Festival vai rolar entre 20 de março e 12 de abril.

8- TEM MUCHO LUXO (mesmo para quem não pode pagar muito por ele)

Continua após a publicidade
O POVO POV

Tá podendo? Veja os hotéis chiquetês Four Seasons, W, The Williard InterContinental, no The Jefferson e Capella. Nem tanto? Então só apareça no W para curtir a melhor vista de D.C. e os drinques do POV Rooftop Terrace (faça reserva online no site).

9- DÁ PARA ENTRAR NO CAPITÓLIO

Viagem e Turismo Coleção Primeira Viagem Guia Estados Unidos pela Primeira Vez Ed 3 2009

O centro de visitantes do Capitólio, inaugurado em 2009 depois de 6 anos de construção, ficou uma beleza. É só chegar e pegar sua senha para o tour pelo Senado e House of Representatives, algo como a nossa câmara dos deputados (se estiver rolando é possível assistir uma sessão em um dos dois). O guia leva até a antiga sala da Corte Suprema, que funcionou até 1860, conta fatos curiosos sobre a construção (o domo pesa mais de 4 mil toneladas!) e mostra pinturas e bustos que fazem você identificar aquele pessoal estampado nas notas de dólar. Do Capitólio um túnel leva até a Library of Congress, que tem uma coleção de mais 150 milhões de itens, entre livros, fotos, partituras de música e manuscritos. O prédio é surpreendentemente lindo, com colunas e escadarias de mármore e vitrais no teto.

10- FICA PERTÍSSIMO DE NOVA YORK 😉

Veja na Amtrack. 2 horinhas de trem e você está lá. E ainda sai da Penn Station, em Midtown (Manhattan), não precisa encarar toda aquela lonjura dos aeroportos.

Publicidade