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Pesquisadores estudam desenvolvimento de biocombustível para aviões

Uma das alternativas que estão sendo avaliadas pelo setor é a utilização de biocombustíveis que possam ser misturados ao querosene na proporção de até 50%

Por Agência Fapesp
Atualizado em 16 dez 2016, 00h39 - Publicado em 1 Maio 2012, 23h17

Representantes da Fapesp, Boeing e Embraer iniciaram nesta quarta-feira (25/04) um estudo sobre os principais desafios científicos, tecnológicos, sociais e econômicos para o desenvolvimento e adoção de biocombustível pelo setor de aviação comercial e executiva no Brasil.

Com duração prevista entre nove a doze meses, o estudo será orientado por uma série de oitoworkhops que serão realizados ao longo de 2012 para coleta de dados com pesquisadores, integrantes da cadeia de produção de biocombustíveis, além de representantes do setor de aviação e do governo. O primeiro workshop foi aberto nesta quarta-feira, na sede da Fapesp, e termina nesta quinta-feira (26/04), no Espaço Ágape, em São Paulo.

O programa possui cinco linhas de pesquisa: “Biomassa para bioenergia” (com foco em cana-de-açúcar), “Processo de fabricação de biocombustíveis”, “Biorrefinarias e alcoolquímica”, “Aplicações do etanol para motores automotivos: motores de combustão interna e células a combustível” e “Pesquisa sobre sustentabilidade e impactos socioeconômicos, ambientais e de uso da terra”.

Para atingir essas metas de controle de emissões, em meio a um cenário de forte expansão do transporte aéreo em todo o mundo, uma das alternativas que estão sendo avaliadas pelo setor é a utilização de biocombustíveis que possam ser misturados ao querosene na proporção de até 50% sem a necessidade de realizar modificações nas turbinas da atual frota de aeronaves e no sistema de distribuição do combustível aeronáutico. Entretanto, ainda não se chegou ao desenvolvimento de um biocombustível que seja produzido em escala comercial e a um custo competitivo.

De acordo com especialista no setor presentes no evento, apesar de já existirem biocombustíveis produzidos no exterior a partir de diferentes biomassas, que inclusive já obtiveram certificação para serem utilizados na aviação e vêm sendo usados em voos de teste e até mesmo comerciais, eles ainda não são produzidos em grande escala e chegam a ser até 100% mais caros do que o querosene de aviação.

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