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Bares de comunidades vão vender pratos sofisticados durante a Rio+20

A comida será preparada por moradores das comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, localizadas em Ipanema e Copacabana

Por Alana Gandra, da Agência Brasil
Atualizado em 16 dez 2016, 00h35 - Publicado em 28 Maio 2012, 16h18

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, programada para junho, no Rio de Janeiro, será também uma oportunidade para os turistas conhecerem pratos sofisticados, porém com ingredientes genuinamente brasileiros e preços reduzidos. A comida será preparada por moradores das comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, localizadas em Ipanema e Copacabana, zona sul da cidade.

A programação começará no dia 13 de junho e se estenderá até o final da Rio+20, no dia 22. O organizador é o professor de Varejo da Fundação Getulio Vargas Daniel Plá. Dez pequenos bares (biroscas) dos morros estão sendo preparados por quatro chefes de cozinha de restaurantes do Rio para oferecer aos visitantes estrangeiros pratos com toques nacionais, como uma paella carioca, que leva até feijão, ou o ravióli recheado de rabada.

As vendas foram “escolhidas a dedo”, em função de sua localização e, também, da qualidade dos serviços prestados, disse Daniel Plá à Agência Brasil. Durante todos os dias da Rio+20, elas oferecerão os pratos diferenciados aos visitantes.

“Cada um dos birosqueiros vai aprender dez frases em inglês. Os pratos serão oferecidos aos turistas a R$ 45, com apresentação de pratos de restaurantes cinco estrelas. Será cobrado um preço especial para quem mora na comunidade. Isso já está combinado”, explicou. O cardápio para os turistas inclui, além do prato principal, o serviço e uma dose de caipirinha.

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Os pequenos bares dos morros sempre chamaram a atenção do professor pela criatividade, alegria e música que a maioria deles oferece. “É um mundo à parte. É como se tivesse uma cidade do interior do Brasil no miolo de Ipanema e Copacabana”, disse. Segundo o professor da FGV, o momento é bom para mostrar que “se for bem trabalhada na questão do turismo, a favela se autossustenta”.

O projeto tem a finalidade de fazer com que a comunidade do morro ganhe dinheiro com a Rio+20 e não apenas as agências de turismo, disse Daniel Plá. A expectativa é que, com a conferência, as dez vendas faturem em torno de R$ 6 mil cada. “O dinheiro vai direto para os birosqueiros envolvidos e os quatro guias turísticos, todos jovens das comunidades, dois dos quais falam inglês com fluência”.

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