Seul

Por Adrian Medeiros Atualizado em 19 jun 2018, 17h11 - Publicado em 19 set 2012, 21h16

Seul é, como tantas outras cidades asiáticas, uma encruzilhada entre o tradicional e o moderno. Não há um Centro Histórico como em tantas metrópoles europeias, mas resquícios da antiga e orgulhosa cultura coreana pontilhando cada canto da dinâmica capital da Coreia do Sul. Viciados em trabalho e internet, games e a vida pop, esta cidade vem crescendo em proporções incríveis, na esteira de seu desenvolvimento econômico. E o melhor, de forma sustentável e inteligente.

Feios e deselegantes pontilhões deram lugar a lugares agradáveis como o Córrego Cheonggyecheon, uma solução urbana exemplar, tal como o projeto de recuperação do rio Han, que corta a cidade. Outro importante marco de Seul, o portão Namdaemun (Sungnyemun), um símbolo construído no século 14, foi destruído por um incêndio em 2008, mas trabalhos de restauração foram iniciados rapidamente e espera-se que ele seja reaberto em um futuro próximo. Já parques temáticos como o Everland e o Lotte World são uma face mais moderna de Seul, sempre lotados e uma boa pedida para as crianças.

Seul possui dois sítios listados com Patrimônio da Humanidade pela Unesco, o Palácio Changdeonkgung e o santuário Jongmyo, ambos relacionados aos monarcas Joseon e localizados em Isa-dong, norte da cidade. Outro palácio que vale a pena ser conhecido é o Gyeongbokgung, junto à avenida Sejong-ro, a mais movimentada da capital.

Uma área que nunca esteve no radar dos turistas comuns, mas que agora é quase destino de peregrinação é Gangnam. O rapper Psy e o YouTube merecem um monumento por parte da associação comercial local. Seu nome significa “ao sul do rio” e esta é exatamente a localização deste distrito comercial. Cheia de lojas bacaninhas, restaurantes e cafés da moda e butiques, não deixe de passear pelas rua Sinsa-dong Garosu-gil e pela simpáticas áreas de Apgujeong-dong e Cheongdam-dong.

Dinâmica, workaholic e divertida, Seul é um convite para curtir a vida. Karaokês, gigantescos centros de jogos, partidas de beisebol e futebol e boa comida são o cardápio para aproveitar tanto o dia como a noite.

COMO CHEGAR

O jeito mais simples de chegar a Seul é através de voos da Korean Airlines (www.koreanair.com), que chegam ao aeroporto internacional de Incheon (ICN, www.airport.kr), localizado a 56 quilômetros da capital. Além de ônibus regulares e táxis, as formas mais práticas de chegar ao centro da cidade são através de vans (que te deixam na porta do hotel) ou o trem Airport Express, que cobre a distância até o Estação Seul em 43 minutos. O bilhete sai por volta de KRW 3.850 (trem comum) e KRW 8000 (expresso).

ONDE COMER

Carne de cachorro? Esta iguaria está para o coreano comum tal como o churrasco de calango está para o brasileiro médio. Ou seja, muito pouca gente come isso. No dia a dia, descubra que a gastronomia coreana tem coisas muito mais interessantes. Tente o bibimbap, uma tigela de arroz coberta com legumes, verduras e carnes finamente fatiadas, guarnecidas por um ovo — normalmente cru. Simplesmente fantástico, assim como o churrasquinho coreano, o clássico bulgogi, que você mesmo prepara à mesa, grelhando finas fatias de carne. Tudo isto vêm acompanhado por pequenos pratos, os bancham, bocados de preparados que podem ser fritos, marinados ou cozidos.

Onipresente em todas as refeições da Coreia está o kimchi, uma conserva-guarnição que está mais para conceito do que um prato propriamente dito. Acredita-se que existam mais de 200 diferentes tipo, com variações regionais sobre os ingredientes, processos de fermentação e temperos. O mais comum provavelmente é o tongbaechu kimchi, uma apimentadíssima versão feita com acelga.

Aqui, tal como em seus vizinhos asiáticos, come-se muito macarrão, mas experimente o gelatinoso naengmyoen. Para beber, nada como uma boa cerveja ou a bebida nacional, o soju, um destilado feito de arroz, batata-doce ou outras fontes de amido.

Informações ao viajante

Línguas: Coreano

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