Pucón: quando ir, como chegar, o passeios, hotéis e mais

Por Adrian Medeiros Atualizado em 31 Maio 2023, 12h17 - Publicado em 15 jun 2012, 12h39

Cerca de 800 quilômetros ao sul de Santiago fica Pucón – pequenina, mas gigante no cardápio dos destinos turísticos do Chile em razão do seu perfil aventureiro. Cheia de infra-estrutura, a cidade plana, de edifícios baixos, prosperou à margem do lago e à sombra do vulcão que levam o mesmo nome, Villarrica. O lago – uma beleza de 173 quilômetros quadrados de azul gélido cercado de vegetação nativa – é um dos maiores que se veem na região, a Araucanía Lacustre, que identifica a região dos lagos do país.

Mas é do vulcão Villarrica que Pucón tira seu magnetismo. Os índios nativos da região, os mapuches, o chamam de Rucapillán, a “casa do demônio”. Perfeitamente cônico, é o mais perigoso do Chile – entrou em erupção pela última vez em 2015, e está sempre soltando sua fumacinha. Mas nada que assuste os cerca de 28 mil habitantes da cidade, que, ao contrário, souberam aproveitar a fama.

Ao longo de todo o ano, não faltam atividades para toda a família: o verão é ideal para praticar esportes náuticos como windsurfe, canoagem e kitesurfe, além da pesca esportiva. Em terra, trekking, cavalgadas e espeleologia são algumas das opções. Quando o inverno chega, a atração principal é a estação de esqui na encosta do Villarrica, bem como as várias termas com água vulcânica. Tudo numa cidade que não descuida da gastronomia e da boa hotelaria, sempre cercada de ótimos vinhos chilenos.

QUANDO IR

A alta temporada é o verão, quando principalmente os chilenos lotam a cidade em busca dos esportes náuticos e de uma boa praia às margens do lago Villarrica – uma animação que fica no limite do inconveniente para alguns. Para esquiar, a temporada é a de inverno, de junho a setembro. É boa ideia ir na primavera, a partir de setembro, quando ainda está frio, há neve nas montanhas, mas já é possível fazer a maioria das atividades na natureza – de trekking e rafting às subidas nas encostas dos vulcões.

COMO CHEGAR

A Latam voa direto de São Paulo e Rio de Janeiro a Santiago e, de lá, ao aeroporto de Maquehue, em Temuco, capital de Araucanía. Outra companhia com voos desde a capital chilena para a cidade é a Sky. Muitos hotéis oferecerem transfers desde o aeroporto até Pucón, e há opções de transfers contratados com antecedência ou no próprio aeroporto. Ônibus e táxis também podem ser utilizados para vencer a distância de 100 quilômetros entre as cidades.

COMO CIRCULAR

Pequena, Pucón pode ser ser conhecida a pé ou de bicicleta alugada, mas a quase totalidade das atrações fica a grandes distâncias. Pode-se alugar um carro ou chamar um Uber. Outra alternativa – considerando que alguns passeios exigem a presença de um guia – é usar o transporte das agências que vendem pacotes. Algumas podem ser contratadas no próprio hotel.

PASSEIOS

O principal programa é a caminhada ao topo do vulcão Villarrica, a 2 847 metros de altitude. Se as condições meteorológicas são boas, os dispostos entusiasmados saem por volta das 6 da manhã para quatro a cinco horas de subida pesada na neve, à razão de 1 km/hora. Mas os guias garantem que não precisa ser atleta para chegar à beira da cratera de 200 metros de diâmetro e ver, lá no fundo, o lago de magma permanente e seu fumaceiro. Se faltar fôlego, coragem ou as duas coisas, vale subir de carro até a Centro de Esqui, a 1 200 metros, para tomar um café e ver a imensidão do lago Villarrica e, longe no horizonte, as costas do vulcão Llaima, ao norte.

Uma subida mais amena é no vulcão Quetrupillán, também no Parque Nacional Villarrica. A meio do caminho na neve eterna pode-se ver, atrás dos Andes, já na fronteira com a Argentina, o imenso vulcão Lanín.

À parte os vulcões, atividades não faltarão. Entre o parque e a reserva nacionais de Villarrica pode-se fazer trekking, espeleologia em cavernas vulcânicas, mountain bike, tirolesa, vela, pesca, cavalgadas, observação de pássaros… A corredeira do Rio Trancura é perfeita para rafting e caiaque, e dá pra pegar uma praia de areia negra num dos lagos da região – uma das mais populares fica no Caburgua, nos arredores da cidade. Por lá, estão também os chamados Ojos de Caburgua, um conjunto de quedas-d’água que forma espetaculares piscinas naturais. Há vários campings espalhados pela vizinhança.

Para os exaustos com tanta atividade, há outras alternativas – caso dos 14 centros termais, alguns instalados em hotéis-spa. As Termas Geométricas, a 80 quilômetros do centro, estão entre os mais famosos, com uma série de piscinas entre 35 e 45 graus em torno de uma corredeira gelada.

À noite, de volta à cidade, o roteiro pede uma visita à Calle Fresia, que abriga uma das maiores diversidades gastronômicas do país… Só não deixe de comer ceviche e beber pisco sour, coisa que pode ser feita numa passadinha pelo cassino, parte da rede chilena Enjoy.

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ONDE FICAR

Construído em 1944 com arquitetura inspirada na escola Bauhaus, o hotel, restaurante e spa Antumalal fica perto do Centro, em um promontório à beira do lago Villarrica, entre os bosques e jardins de um parque privativo de 50 mil metros quadrados. Conta com 20 apartamentos e quatro chalés, todos com seus janelões voltados para o lago. O spa Antumalaco conta com massagens, piscina coberta aquecida, sauna, piscina de hidromassagem e chuveiros ao ar livre. No sistema all inclusive, estão incluídas duas excursões de meio dia ou uma de dia inteiro por cada diária.

No Centro, uma opção maior é o Gran Hotel Pucón, pertencente à rede de hotéis-cassino Enjoy. Nos arredores da cidade, o Hotel y Termas Huife tem como principal chamariz as suas três piscinas termais ao ar livre incluídas na diária. Mesmo caso do Parque Termal Menetue, com termas fechadas incluídas.

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ONDE COMER

Há ótimos restaurantes nos hotéis, como no Antumalal, que oferece a opção all-inclusive na reserva e um menu que contempla os principais ingredientes da culinária regional: congrio, merluza austral, centolla, carne de cervo, entre outros. No Centro, há restaurantes como o La Maga, especialista em parrillas, e o mediterrâneo Hestia & Bacco Pucón,  que serve frutos do mar e opções veganas diante do vulcão. Também com vista para o Villarrica, no Km 8 do Camino al Vulcão, o afamado El Castillo serve porções generosas, com pratos que incluem o estrogonofe de veado com arroz e nozes.

DOCUMENTOS

Brasileiros não precisam de visto para permanecer até 90 dias no Chile. Na imigração, o passaporte não é necessário, apenas o RG (não vale carteira de motorista).

DINHEIRO

A moeda é o peso chileno, CLP ($ 1000 = R$ 5,60)

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Informações ao viajante

Línguas: Espanhol

Saúde: Não há demandas específicas

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