Luxor

Por Adrian Medeiros Atualizado em 19 jun 2018, 17h15 - Publicado em 27 set 2011, 15h36

À sombra das majestosas colunas de Karnak, o visitante reflete junto aos hieróglifos qual o significado desses incríveis edifícios, repletos de motivos decorativos exalando poder e refinamento. A cidade de Luxor guarda incríveis riquezas do Egito Antigo, e os inúmeros templos, obeliscos e monumentos de Karnak são apenas uma parte das atrações.

Na margem oeste do Nilo encontram-se o imponente santuário de Hatshepsut, erguido nos contrafortes de uma montanha que protege, do outro lado, o incrível Vale dos Reis. Ali, a sensação de calor é potencializada pelos milhares de turistas que se deslumbram com os ricos desenhos inscritos nas câmaras mortuárias de faraós como Ramsés II, Amenhotep III, Seti I e Tuthmosis III. Todos obtiveram feitos de magnitude durante seus reinados, expandindo seu império e aumentando seu poder. No entanto, o mais conhecido dos reis-deuses que ali foram sepultados teve importância marginal na história do antigo Egito. Tutankhamon morreu jovem e reinou brevemente após o atribulado governo de seu pai, o polêmico Akhenaton, mas o fato de sua tumba ter passado incólume através dos séculos nos legou tesouros incríveis, como sua impressionante máscara mortuária – hoje exibida no confuso Museu do Cairo. A visita à sua tumba é disputada, mas nem de longe é a melhor.

Outras atrações desse lado do rio incluem o Ramesseu e os Colossos de Memnon, últimos vestígios de um templo monumental. Passeios de balão sobrevoando essa região são uma das experiências mais emocionantes para muitos que visitam a área.

De volta à margem leste, não há como não incluir o Templo de Luxor em sua passagem pela cidade. É desse lado da cidade também que se encontram as melhores opções de hospedagem e alimentação. Aliás, imagine-se na varanda de seu hotel, experimentando um copo de chá doce sorvendo a fumaça de um narguilé. Ao fundo, numa mesma visada, estão as montanhas, o Nilo e o templo de Luxor. Ao longe se ouvem os muezins conclamando os fiéis para o maghrib, a oração do pôr-do-sol. Um momento mágico, que só em Luxor você poderá encontrar.

COMO CHEGAR

Luxor é uma espécie de hub do médio Egito, com voos servidos por seu aeroporto internacional, com voos da EgyptAir e alguns outros charters. A cidade também é ligada com Cairo e Assuã através de ferrovia e com o Mar Vermelho (Hurghada e Sharm-El-Sheik) por ônibus. O terminal de ônibus fica um pouco fora do Centro, mas possui uma van que faz a transferência. Lembre-se que tanto trens como, principalmente, ônibus costumam atrasar bastante. Para evitar dores de cabeça, a única saída é chegar cedo (a van do transfer pode demorar, mas seu ônibus da rodoviária sair na hora e você acabar perdendo-o) e ter paciência. O terminal ferroviário fica no Centro de Luxor.

COMO CIRCULAR

Algumas atrações, como o Templo de Luxor, fica a uma curta distância a pé da maioria dos hotéis. Já o complexo de Karnak exige um passeio barato de charrete ou, talvez, de táxi (combine o preço, pechinchando, se o veículo não tiver taxímetro). Já para conhecer a margem ocidental, o ideal é embarcar em uma excursão ou combinar um dia fechado com um taxista. Esta segunda opção sai mais caro, mas você faz seus próprios horários. Para quem viaja solo, junte-se a outros turistas para dividir os custos.

ONDE FICAR

A maioria dos turistas fica no pequeno Centro de Luxor, onde concentram-se não só pequenos estabelecimentos para mochileiros (diárias desde US$ 14 o casal, com café da manhã), como também hotéis estrelados de bandeiras internacionais, com quartos com ar-condicionado e até piscina. Há também alguns bons endereços ao sul da cidade, às margens do Nilo, e também no lado oeste, mas aqui a oferta de restaurantes, bares, lojinhas e bancos é bem menor.

Informações ao viajante

Línguas: Árabe. Inglês e Francês são amplamente difundidos.

Saúde: Recomenda-se possuir vacina para febre amarela

Melhor época para visitar: De setembro a maio as temperaturas são mais amenas. O período do Ramadã pode ser um pouco complicado para o viajante independente

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