Hong Kong

Por Adrian Medeiros Atualizado em 19 jun 2018, 17h14 - Publicado em 24 out 2011, 16h05

O barqueiro que conduz calmamente o pequeno Star Ferry no canal da baía Victoria, admira a interminável orla da ilha de Hong Kong com seus arranha-céus iluminados com neons de marcas globais. Para trás, na curta viagem de dez minutos, ele deixa a fervilhante Kowloon, que também cresce num passo alucinante. Entre prédios hi-tech como o HSBC de Norman Foster e o Bank of China de Ieoh Ming Pei (da pirâmide do Louvre) – frequentados por executivos internacionais em ternos e tailleurs bem cortados, encontra-se um mundo paralelo, com becos e ruelas habitados pelos descendentes dos antigos pescadores da região. Do restaurante francês estrelado ao mais tradicional siu mei cantonês é um pulo (literalmente), com idiomas, cargueiros e culturas de todo o mundo se cruzando neste que é um dos portos e centros financeiros mais movimentados do planeta. Duas das maiores exportações da cidade certamente foram os atores e mestres das artes marciais Jack Chan e Bruce Lee, o que diz muito sobre a paixão local pelo cinema.

Joia da coroa britânica até 1997, quando retornou à administração chinesa com o status de região administrativa independente (possui alfândega, sistema político, moeda e imigração próprios, por exemplo), este é um encontro entre o ocidente e o oriente em mais de um sentido. O barato aqui é andar meio sem destino, observando a colorida vida local, singular e atraente. 

COMO CHEGAR

A United faz conexão nos Estados Unidos antes de aterrissar em Hong Kong. A British Airways faz escala em Londres. A Air Canada voa para Hong Kong com escala em Toronto e as escalas da Emirates são sempre em Dubai. Além disso, há diversos voos que conectam a cidade a outros destinos domésticos e provindos de outros centros asiáticos, como Tóquio, Seul, Cingapura e Bangcoc.

Do moderno Aeroporto de Hong Kong (www.hkairport.com) há uma ligação ferroviária com o rápido e confortável MTR, que vai até as estações Kowloon e Central. Na hora da volta é possível fazer o check-in antes mesmo de entrar no trem. Os primeiros trens saem um pouco antes das 6h e partem com bastante frequência (cerca de 15 minutos) até depois da 1h. A viagem entre Kowloon e os terminais leva cerca de 20 minutos e custa $100.

Hong Kong é acessível via ferry boat desde Macau com companhias como TurboJet (www.turbojet.com.hk), Turbo-Jet Sea Express (www.turbojetseaxpress.com.hk) e New World First Ferry (www.nwff.com.hk). Há saídas regulares e a viagem dura cerca de 45 minutos. Não se esqueça de levar seu passaporte.

COMO CIRCULAR

É muito fácil circular por Hong Kong. Uma grande malha de serviços de transporte público torna o deslocamento bastante conveniente, os ônibus e o metrô MTR cobrem boa parte da cidade e serviços de ferry bem baratinhos fazem a travessia entre a ilha de Hong Kong e Kowloon.

O sistema Octopus Card (www.octopus.com.hk) é válido para metô (MTR), bonde (LTR), ônibus, o trem Kowloon-Cantão (KCR), o funicular até o Peak, ferries (incluindo o Star Ferry) e os famosos bondes de dois andares tram. Ele pode ser adquirido no aeroporto e em vários pontos de venda e ser recarregado com bastante facilidade. Recentemente, muitos táxis passaram a aceitá-lo como forma de pagamento.

ONDE FICAR

Ficar na ilha significa ficar próximo a boa parte das atrações turísticas, os melhores restaurantes e ótimos serviços de banco, câmbio, supermercados, etc. Aqui HK tem uma atmosfera um tanto mais ocidental, com milhares de expatriados trabalhando em multinacionais e bancos transnacionais. Só que isso significa pagar preços mais altos.

Do outro lado do canal, em Kowloon, há muito bons hotéis, inclusive estrelados e há também uma boa infraestrutura. Aqui o ambiente é um pouco mais “chinês”, há menos atendentes que falam bem inglês, mas a imersão cultural é mais cativante. Deste lado da cidade há também pousadas que oferecem quartos de aluguel, uma das formas mais em conta de se hospedar por aqui. Isso significa acomodações básicas e limpas, mas não necessariamente confortáveis. E, sim, como em qualquer outro lugar na região, os preços não são exatamente baratos.

Opções de hospedagem nos Novos Territórios podem ser mais acessíveis, mas ficam longe do centro e, basicamente, são utilizadas somente para quem está por aqui a negócios.

ONDE COMER

Hong Kong é um paraíso para os foodies. Há restaurantes das mais variadas especialidades e faixas de preço. Nos hotéis mais caros você encontrará casas estreladas comandadas por chefs estrelados especializados em cozinha cantonesa, Sichuan, francesa, italiana, japonesa e tailandesa, entre outros. Nas ruas do Centro Financeiro há uma ampla oferta de bistrôs e pequenos restaurantes que servem surpreendentes menus acompanhados por cartas de vinhos espertas. Cafés e lanchonetes estão espalhados por todo o lado, incluindo aqueles que servem as “tapas” chinesas, os deliciosos dim-sum, por bons preços e variedade. Outra alternativa bacana são restaurantes com comida típica local (ou de outras regiões da China). Em sua maioria são baratos, saborosos e bem autênticos.

Informações ao viajante

Línguas: Cantonês,mandarim e inglês

Saúde: Exige certificado internacional de vacinação contra febre amarela.

Melhor época para visitar: A melhor época para visitar a China é durante a primavera (de março a maio) ou o outono (de setembro a novembro), quando as temperaturas são amenas. O inverno pode ser bastante rigoroso e é comum nevar, até mesmo em Pequim. No verão, as temperaturas batem na casa dos 30 ºC frequentemente. Evite o Sul da China de abril a setembro, época de monções.

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