Imagem Blog Vou Estudar Fora Por Blog Raquel Marçal ama viajar e aprender línguas e acha melhor ainda quando pode combinar os dois. Acredita que intercâmbio não tem idade e pretende continuar fazendo até os 80 anos
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High school: 5 dúvidas básicas sobre o Ensino Médio no exterior

Esse programa permite que jovens entre 15 e 19 anos façam parte do ensino médio no exterior, em escolas públicas ou privadas

Por Raquel Marçal
Atualizado em 13 jul 2021, 12h42 - Publicado em 19 fev 2017, 18h26

1. Como funcionam os programas de high school?

Esse programa permite que jovens entre 15 e 19 anos façam parte do ensino médio no exterior, em escolas públicas ou privadas.

O estudante geralmente cursa um ou dois semestres. Durante esse período, a maioria fica em casa de família. Esse é, afinal, o tipo de hospedagem mais recomendado pelos especialistas para adolescentes – e o preferido dos pais, pois garante que seus rebentos serão acompanhados de perto por um “pai” e uma “mãe”. Nas instituições privadas, é comum que o estudante more no alojamento da escola.

Os Estados Unidos continuam sendo o destino número 1, mas a procura por Canadá, Austrália e Nova Zelândia também é grande. Hoje, a diversidade de destinos é tanta que quem quiser pode ir para a Suécia, a Finlândia, o Japão, a Coreia… Cada país tem suas próprias regras.

Nos Estados Unidos, por exemplo, você só pode escolher a cidade se for estudar em escola particular (nas públicas, dá para escolher a região). Quem vai para escola pública geralmente é encaminhado para cidades pequenas. Países de língua inglesa exigem nível de inglês intermediário.

As opções nos países mais procurados

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PAÍS EUA Canadá Austrália Nova Zelândia Inglaterra
TIPO DE ESCOLA Pública ou particular Pública ou particular Pública ou particular Pública ou particular Pública ou particular
DÁ PARA ESCOLHER A CIDADE? Sim, nas escolas particulares; nas públicas, é possível escolher a região Sim Sim Sim Nas particulares, sim; nas públicas, dá para escolher entre as cidades oferecidas
ACOMODAÇÃO Casa de família, nas públicas. Nas particulares, pode-se escolher boarding school (internato) Casa de família nas públicas e opção de boarding school nas particulares Casa de família nas públicas e opção de boarding school nas particulares Casa de família nas públicas e opção de boarding school nas particulares Casa de família e opção de boarding school nas particulares
DURAÇÃO Um ou dois semestres letivos Um ou dois semestres letivos Dez semanas, um semestre ou um ano letivo Dez semanas, um semestre ou um ano letivo Um, dois ou três termos (cada termo corresponde a três meses)
IDADE 15 a 18 anos nas escolas públicas, e 14 a 19 anos nas particulares 15 a 18 anos 15 a 18 anos 15 a 18 anos 14 a 18 anos

2. Como faço a inscrição?

As operadoras de intercâmbio se encarregam de realizar a ponte entre o aluno e as escolas de fora.

Fica a cargo do estudante organizar a documentação prévia – e, claro, ser aplicado nos estudos ainda no Brasil, pois as notas contam muitos pontos para a aprovação no high school.

Para ingressar em um colégio no exterior, você precisa comprovar que está cursando o ensino médio e ter nível intermediário no idioma do país escolhido. O histórico escolar dos últimos três anos deve ser passado para a língua local por um tradutor juramentado, e validado na Secretaria de Educação do estado de origem do candidato.

Para evitar correria, é bom começar o processo de inscrição de quatro a seis meses antes de embarcar. Nos países do hemisfério norte, o ano letivo começa em setembro. Já na Austrália e na Nova Zelândia, o calendário escolar é como o nosso, com início em fevereiro.

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Estudante vestida com as roupas de formatura de High School em escola da Flórida, Estados Unidos
Estudante vestida com as roupas de formatura de High School em escola da Flórida, Estados Unidos (Pasco County Schools/Flickr/creative commons)

3. Posso validar no Brasil o tempo de estudo no exterior?

Sim. Uma dica importante é checar com sua escola no Brasil, antes de ir, quais disciplinas você deve cursar no exterior para que seu histórico seja validado na volta com mais facilidade.

Geralmente são exigidas as cinco matérias básicas do MEC (ciências exatas, ciências físicas e biológicas, idioma, ciências sociais e educação física).

No fim do período, a escola de lá ou o próprio estudante deve encaminhar o histórico escolar para o consulado brasileiro naquele país para receber um selo que o autentica.

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Chegando ao Brasil, o documento deve ser passado para o português por um tradutor juramentado e entregue à escola daqui.

4. Vale a pena ir tão novo?

Os especialistas em intercâmbios e quase todo mundo que cursou o high school no exterior são unânimes: ninguém volta igual dessa experiência.

O adolescente se depara com um novo ambiente e com situações nas quais terá de colocar a timidez de lado e começar a tomar decisões por conta própria – é uma forma de torna-se independente e amadurecer.

Além disso, essa modalidade de intercâmbio é considerada uma das melhores maneiras de imergir completamente na cultura do outro país.

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Não tem como ser diferente: o adolescente frequenta a escola e os mesmos ambientes que os jovens locais, tem de se adaptar à rotina e aos costumes da cidade e do país e, efetivamente, tornar-se um membro da família que o recebe.

Isso sem contar que, além dos benefícios relacionados ao crescimento pessoal, o estudante volta com o idioma na ponta da língua.

Segundo as agências, a melhor época para ir, em geral, é no segundo ano do ensino médio.

5. Quanto custa?

Três fatores principais influenciam no preço do pacote: o país; se a escola é pública ou privada; e a duração (um trimestre, um ou dois semestres).

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Os Estados Unidos costumam oferecer os programas de high school mais em conta. Um semestre em escola pública pode custar pouco mais de US$ 7 mil, com hospedagem em casa de família.

Na hora de decidir quanto tempo ficar, vale checar também as tarifas para o ano letivo. Em muitos casos, elas ficam relativamente próximas às de seis meses.

Os preços de high school em escolas privadas, por sua vez, costumam ser bem mais salgados no mundo todo. Um semestre não costuma sair por menos de US$ 20 mil.

É preciso pensar também nos gastos pessoais. O valor pode variar dependendo do país e do programa escolhido mas, em geral, é em torno de US$ 300 por mês.

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