Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Que tal aproveitar a sua viagem a Portugal e visitar o Marrocos?

Marrakesh está a menos de duas horas de voo de Lisboa e as passagens estão baratíssimas; veja o que fazer ao pousar na cidade

Por Rachel Verano
Atualizado em 22 jun 2017, 13h47 - Publicado em 21 jun 2017, 23h06

Uma das enormes vantagens de morar em Portugal é a possibilidade de, num pulo, se teletransportar para um mundo completamente diferente. Um mundo tipo… o Marrocos.

O minarete da Mesquita Koutoubia: monumento do século 12
O minarete da Mesquita Koutoubia: monumento do século 12 (Bruno Barata/Reprodução)

Marrakesh é uma das cidades mais fascinantes que já conheci. Um caos absolutamente viciante onde carros dividem as ruas com cavalos, charretes, carrinhos de mão, motos e bicicletas tresloucadas e desafiam as leis da física praticamente ocupando o mesmo lugar no tempo e no espaço.

Um dos corredores dos souks: labirintos fascinantes
Um dos corredores dos souks, os tradicionais mercados marroquinos: labirintos fascinantes (Bruno Barata/Reprodução)

A medina, parte do centro histórico cercado de muralhas, é um labirinto de cores e cheiros surreais. O centro de tudo é a Praça Jemma-el-Fna, para onde tudo converge: vendedores, encantadores de serpentes, adestradores de macacos, músicos, mulheres que fazem tatuagens de henna, barracas de comida de rua.

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Vendedor de cerâmicas no souk: a vida passa lentamente...
Vendedor de cerâmicas no souk: a vida passa lentamente… (Bruno Barata/Reprodução)

Da praça saem os souks, os famosos mercados. De potinhos coloridos a colares, sapatos, lanternas e especiarias, passando por tapetes e artigos de couro, são uma festa para os olhos.

O rooftop do Cafe des Epices: bela surpresa
O rooftop do Cafe des Epices: bela surpresa (Bruno Barata/Reprodução)

A arquitetura de Marrakesh é uma zona completa capaz de milagres. Do lado de fora é tudo meio bizarro. Do lado de dentro, verdadeiros oásis. Qualquer espelunca tem potencial de se transformar um rooftop delicioso ao alcance de um lance de escada (ou dois, ou quatro).

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Tajine de frango com peras caramelizadas do Cafe des Epices: imperdível
Tajine de frango com peras caramelizadas do Cafe des Epices: imperdível (Bruno Barata/Reprodução)

A comida é um capítulo à parte. Eu, que nunca abri mão do cuscuz, de repente me vi vidrada nos tajines. O Café des Epices serve um delicioso de frango com peras caramelizadas e sementes de gergelim. Juro que amanhã vou repetir antes de ir embora.

Textura de uma parede no centro histórico: espetáculo de cores
Textura de uma parede no centro histórico: espetáculo de cores (Bruno Barata/Reprodução)

Marrakesh faz tempo que já não é um segredo para muita gente. Mas a vantagem de estar em Portugal é que qualquer dois dias já justificam a escapada. Eu, por exemplo, estou aqui por duas noites. Como já conheço os palácios, museus e jardins, estou só curtindo a piscina do riad (providencial para o calor de quase 40 graus), os restaurantes, o mercado.

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Vendedores de suco de laranja na Praça Jemaa-el-Fna: parece cenário
Vendedores de suco de laranja na Praça Jemaa-el-Fna: parece cenário (Bruno Barata/Reprodução)

E a bagunça, que eu a-do-ro.

Pirâmides de temperos no Mercado de Especiarias
Pirâmides de temperos no Mercado de Especiarias (Bruno Barata/Reprodução)

A TAP opera voos diretos a partir de Lisboa que duram 1h40 e custam desde 100 e poucos euros. Quem tiver milhas da cia vai precisar de apenas 12.000 para ida e volta na baixa temporada (agora).

E mais especiarias: vontade de levar tudo na mala
E mais especiarias: vontade de levar tudo na mala (Bruno Barata/Reprodução)

NOTA: durante o Ramadã, o mês sagrado do Islã que celebra a revelação do Corão ao profeta Maomé, os muçulmanos jejuam durante o dia e se abstêm de bebidas alcóolicas, cigarros e sexo – este ano ele termina agora no dia 24 de junho. Eles acreditam que a prática os aproxima de deus e estimula a generosidade entre as pessoas.

Artesão em ação no souk: perdição das compras
Artesão em ação no souk: perdição das compras (Bruno Barata/Reprodução)

Verdade seja dita: isso não os impede de trapacear turistas o tempo todo. Fique de olho. Também não se encontra bebida alcóolica em canto algum. 

 

Acerte a garrafa: clima de quermesse durante o ramadã na Praça Jemaa-el-Fna
Acerte a garrafa: clima de quermesse durante o ramadã na Praça Jemaa-el-Fna (Bruno Barata/Reprodução)

Em compensação, o clima à noite é de festa de quermesse, com brincadeiras de rua com cara de antigamente e centenas de crianças brincando até tarde.

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