Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Visita ao peixe-boi na Rota Ecológica de Alagoas: ecoturismo de verdade

No litoral norte de Alagoas, eles são presença garantida

Por Adriana Setti
Atualizado em 2 jul 2021, 13h19 - Publicado em 24 jan 2011, 18h16

O bichão debruçado na minha jangada: sonho realizadoO bichão debruçado na minha jangada: sonho realizado

Quando minha comadre Rachel Verano (a fera por trás do Viajar Bem e Barato) foi à Rota Ecológica de Alagoas, há alguns anos, fiquei babando com o post que escreveu sobre seu encontro com o peixe-boi. Isso porque sempre tive uma curiosidade especial por esse animal enorme e bonachão, que costumo chamar de “sereia-hipopótamo”.

Em várias ocasiões, viajando pela Ásia, fui a lugares onde eles (ou melhor, um primo próximo chamado dugongo) podem eventualmente ser vistos em mergulhos com garrafa. Mas nunca tive sorte, uma vez que esses animais, em vias de extinção, são espécies raríssimas de serem observadas na natureza.

a jangada segue em busca do peixe-boia jangada segue em busca do peixe-boi

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Badulaques feitos de garrafa pet na sede da AribamaBadulaques feitos de garrafa pet na sede da Aribama

Não precisava ter ido tão longe. No Rio Tatuamunha, próximo a Porto de Pedras (Praia do Patacho) e São Miguel dos Milagres, no litoral norte de Alagoas, eles são presença garantida. Aldo (o maior deles) e mais meia dúzia de semelhantes, nadam tranquilamente pelo rio e apoiam-se nas jangadas como se quisessem dizer “oi”.

Deslizar pelas águas tranqüilas do Tatuamunha, cercado de verde, de mangues e de silêncio não foi a única delícia daquela tarde ensolarada e absolutamente azul do mês de dezembro (nessa passagem pelo Brasil está impossível manter o blog sincronizado com a minha vida, mas pouco a pouco vou “desovando” minhas descobertas por aqui).

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O passeio para visitar o peixe-boi, administrado pela Aribama (Associação dos Ribeirinhos Amigos do Meio Ambiente) e fiscalizado de perto pelo IBAMA é um exemplo de como o ecoturismo pode ser levado a sério no Brasil. A volta pelo rio, que dura 40 minutos e custa 30 reais por pessoa, é feita em jangada – e portanto se motor, para não perturbar os animais –, sempre com um guia credenciado. Para que tenham sossego, Aldo e sua turma podem receber no máximo 70 “convidados” por dia, que precisam de uma autorização emitida pelo IBAMA (os próprios guias podem retirá-la pra você).

Apoiados por algumas pousadas bacanudas da região (como a Beijupirá) – uma salva de palmas –, a sede da Aribama ainda funciona como um simpático centro de reciclagem das malditas garrafas pet, transformando-as em vassourinhas e enfeitinhos para a casa. O atendimento é tão cordial e profissional que chega a comover. Vale ir com tempo e ficar de papo com os guias sob uma espetacular mangueira.

Gostei de ver!

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