Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Barcelona: A incrível rota das melhores tapas da Barceloneta

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h59 - Publicado em 13 abr 2010, 09h18

Batatas bravas com cerveja artesanal do Vaso de Oro: nhami!

Poucas coisas nessa vida me deixam mais feliz do que uma cervejinha e uma boa tapa. E poucos lugares do mundo são tão agradáveis ser feliz do que os botecos da Barceloneta.

Típica ruela da Barceloneta: um bairro quase parado no tempo

As roupas secando nas janelas sob o sol que ilumina timidamente as ruas estreitas. Os predinhos iguais, velhos, ocre. Os grupos de senhores conversando nas esquinas. O cheiro de peixe frito no ar. Tudo isso faz com que a Barceloneta ainda seja, milagrosamente, um dos bairros mais autênticos da cidade. Seus bares não são diferentes. E percorrê-los, um a um, num dia de sol, é um clássico da gastro-antropologia local.

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“Por que coños esses gringos acham tão incrível as roupas secando na janela?”, disse uma senhora enquanto eu tirava essa foto…

Primeira parada: Vaso de Oro (Carrer Balboa, 6, +34 93/319-3098)

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Com garçons espanholíssimos (algo cada vez mais raro diante da eficiência barata da mão de obra filipina e latino-americana) e uniformizados, o Vaso de Ouro é uma lenda urbana. Os clientes se espremem (suas chances de conseguir um banco são maiores no meio da tarde, ou cedo, ao redor do meio-dia) no disputadíssimo metro e meio que separam o balcão da rua e devoram com voracidade suculentas e fartas porções de foie gras, batatas bravas excelentes e taquinhos de filé mignon preparados à perfeição. Para acompanhar, cerveja caseira tirada com maestria. Um luxo!

O balcão do Vaso de Oro: cerveja artesanal, garçons uniformizados e multidões

Segunda parada: Segons Mercat (Carrer Balboa, 16, +34 93/310-7880)

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Os mais puristas torcem o nariz para qualquer nesga de modernidade que pinte na área. Talvez por isso, esse intruso recém-chegado tenha sempre mesas à disposição. Ainda que seu visual branquinho não tenha nada a ver com a vizinhança, as tapas são excelentes (prove os aspargos com queijo de cabra!) e, depois de tanto espreme-espreme, é um bom lugar para conversar com mais tranqüilidade e ir com um grupo grande de amigos (algo impossível na maioria dos botecos barcelonetenses).

Terceira parada: Jai-Ca (Carrer Ginebra, 13, 93/319-5002)

Hahaha! Uma mesa no Jai-ca sem espera? Só se for numa terça-feira de chuva de granizo no auge do inverno. Ótimo e barato, esse bar é um daqueles lugares para ir sem fome e com paciência. Mas vale a pena. O nome bizarro é uma combinação de Jaime com Carmen, os donos do bar que fritam chipirones incansavelmente há mais de 50 anos.

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Quarta parada: La Bombeta (Carrer Maquinista, 3, 93/319-9445)

Eis aqui a fina flor da alma botequeira. Esse templo do pé sujo é xodó entre os locais e um dos melhores lugares de Barcelona para provar a bomba, uma espécie de croquete gigante com molho picante. Se isso parece fuete demais pra você, ataque a extensa lista de tapas clássicas.

Quinta parada: La Cova Fumada (Carrer Baluard, 56, 93/221-4061)

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Depois de passar anos achando que esse bar se chamava La COBRA Fumada, finalmente descobri que a fama da COVA (em espanhol se pronuncia “coba”) é, também, por causa da tal bomba. A casa alega ser a inventora da receita, e obviamente rivaliza com a Bombeta. Conflitos bombásticos à parte, as outras tapas, como as sardinhas marinadas, também são uma delícia.

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